Uma pesquisa CNT/MDA, divulgada nesta terça-feira (12), revelou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as intenções de voto em todos os cenários contra possíveis candidatos da direita. No cenário espontâneo, em que os entrevistados indicam seu voto sem a apresentação de nomes, Lula aparece com 27,4% das intenções, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, surge em segundo lugar, com 20,4%.
A pesquisa também explorou cenários fixos. No primeiro deles, com Bolsonaro como candidato, Lula registra 35,2% contra 32,2% do ex-presidente. Já o influenciador Pablo Marçal (PRTB), a ministra Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (MDB) possuem 8,4%, 8%, e 6,2%, respectivamente.
No segundo cenário, em que Bolsonaro é substituído pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Lula ainda lidera com 34,1%, enquanto Michelle atinge 20,5%, seguida por Marçal (14,1%) e Ciro Gomes (9,3%).
O terceiro cenário coloca Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, como representante do núcleo bolsonarista. Neste caso, Lula continua à frente com 35,2%, seguido por Marçal (16,9%) e Tarcísio (15%).
Os dados indicam desafios para a direita na sucessão de Bolsonaro, uma vez que os candidatos ligados a seu grupo político enfrentam dificuldades para mobilizar o eleitorado bolsonarista. Já a liderança de Lula sugere uma possível consolidação de sua candidatura à reeleição, ainda que o presidente tenha anteriormente sinalizado que não disputaria o próximo pleito.
Além disso, a pesquisa mostra uma leve queda na popularidade do governo Lula. Em maio, 43,3% dos entrevistados consideravam sua gestão melhor em comparação à de Bolsonaro, número que caiu para 41,1% em novembro. O percentual dos que avaliam o governo petista como pior subiu de 32,4% para 36,2%.
Outro dado relevante é o crescimento do eleitorado que se identifica como de direita, que passou de 30,8% em maio para 39,2% agora. A pesquisa entrevistou pessoas entre 7 e 10 de novembro, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e índice de confiança de 95%.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: CNT/MDA