A Polícia Civil de Pelotas, por meio da 2ª Delegacia de Polícia, realizou nesta terça-feira a Operação Falso Comando, que resultou na prisão de 14 pessoas envolvidas em um esquema de extorsão dirigido a empresários da região. O grupo, que estava sob monitoramento há cerca de seis meses, era composto por criminosos do sistema prisional que se passavam por líderes de organizações criminosas para aplicar golpes e exigir pagamentos sob diversas ameaças, incluindo ameaças de morte.
Dos presos, 11 tiveram a prisão preventiva decretada, enquanto três foram detidos temporariamente. Além disso, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, sendo nove deles realizados dentro da Penitenciária Estadual de Rio Grande, com o apoio de Policiais Penais da 5ª Região Penitenciária.
"A investigação começou após inúmeras denúncias de empresários que relataram extorsões. Os golpistas os pressionavam a transferir valores sob pena de retaliações. Ao aprofundarmos o monitoramento, percebemos que a maioria dos suspeitos já estava recolhida no Sistema Prisional. Este golpe, especificamente, partiu da Penitenciária Estadual de Rio Grande (PERG)", explicou o delegado César Nogueira, titular da 2ª DP.
A operação identificou vítimas em diversos bairros de Pelotas, como Centro, Areal, Três Vendas, Dunas e Fragata. Durante o cumprimento das ordens judiciais, a polícia não apenas prendeu os suspeitos, mas também realizou buscas nas celas, apreendendo celulares e outros objetos ilícitos usados para as extorsões.
"Nossas ferramentas de inteligência têm sido essenciais para rastrear as transações, que muitas vezes são feitas em nomes de laranjas ou familiares dos presos. Isso nos permite chegar aos verdadeiros responsáveis pelo esquema. A desarticulação dessa rede é um passo importante para garantir a segurança dos empresários locais e inibir ações semelhantes", ressaltou Nogueira.
Esta ação se soma a um esforço contínuo da 2ª Delegacia de Polícia de Pelotas no combate à extorsão e ao crime organizado. Em 2024, cerca de 150 pessoas já foram presas em diferentes estados do Brasil, evidenciando a gravidade das fraudes perpetradas por esses grupos criminosos.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Correio do Povo