Vítimas e testemunhas do suposto esquema de estelionato envolvendo o influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, devem ser ouvidas pela Justiça nos dias 17 e 18 de outubro. As audiências, realizadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), também incluem o interrogatório do humorista, que é réu em um processo relacionado à loja virtual Tá Di Zuera.
Nego Di é acusado de lesar pelo menos 370 pessoas por meio da loja, da qual era sócio. Segundo investigações da Polícia Civil, iniciadas em 2022, os produtos anunciados nunca foram entregues, uma vez que a loja não possuía estoque. O humorista prometeu entregas que nunca aconteceram, movimentando dinheiro que entrava nas contas da empresa. A Tá Di Zuera operou de 18 de março a 26 de julho de 2022, quando foi retirada do ar por decisão judicial.
Além de Nego Di, seu ex-sócio Anderson Boneti foi preso em Bombinhas, Santa Catarina, no dia 22 de julho, enquanto se escondia em um hotel. Ele também deve ser ouvido no processo. Nego Di já teve três pedidos de liberdade negados e permanece preso na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).
Após a fase de depoimentos, as partes poderão solicitar outras provas ou manifestar interesse em encerrar a instrução, levando à apresentação de alegações escritas antes da sentença. No entanto, ainda não há previsão de ressarcimento para as vítimas do estelionato, cuja definição dependerá da defesa de Nego Di ou da sentença.
Além deste caso, Nego Di enfrenta outro processo por estelionato relacionado à promoção de rifas virtuais. Ele e sua companheira, Gabriela Souza, foram denunciados em setembro pelo Ministério Público por movimentação ilícita superior a R$ 2,5 milhões, envolvendo rifas não autorizadas entre novembro de 2022 e maio de 2024. A investigação revelou que o casal realizou sorteios fraudulentos, incluindo o de uma Porsche Macan e R$ 150 mil em dinheiro, criando um vencedor fictício para a rifa.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH