Jacqueline Iris Bacellar de Assis, técnica de laboratório de 36 anos, se entregou à polícia nesta terça-feira (15), após ter ficado foragida por um dia. A técnica é uma das principais acusadas no caso de laudos falsos que resultaram na transmissão do HIV para três pacientes, após a liberação incorreta de exames de uma doadora de órgãos.
Acompanhada de dois advogados, Jacqueline chegou à Delegacia do Consumidor, localizada na Cidade da Polícia, no Rio de Janeiro, sem dar declarações à imprensa. Ela é acusada de utilizar um carimbo com o registro de outra pessoa para assinar o laudo que erroneamente indicava que a doadora de 40 anos não estava infectada com o vírus HIV.
A falha provocou a infecção de seis receptores de órgãos. Os Conselhos de Biomedicina e Farmácia informaram que Jacqueline não possuía registro profissional para atuar como biomédica. Segundo a investigação, ela apresentou um diploma de Biomedicina que a Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera não reconhece.
O laboratório PSC Lab Saleme, onde Jacqueline trabalhava e que está sob investigação, alega ter recebido o diploma no ato da contratação, em agosto deste ano. O laboratório também forneceu uma conversa em que Jacqueline teria enviado o diploma falso.
A Polícia Federal segue investigando outros envolvidos no caso, incluindo o sócio do laboratório, Walter Vieira, e o técnico de laboratório Ivanilson Fernandes dos Santos, ambos já presos. Outro envolvido, Cleber de Oliveira dos Santos, permanece foragido.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper