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Inverno de 2024 no RS não gera desconforto térmico para rebanhos leiteiros, segundo pesquisa
AGRO
Publicado em 08/10/2024
O inverno de 2024 no Rio Grande do Sul foi considerado favorável para os rebanhos da bovinocultura de leite, com a maioria dos animais apresentando conforto térmico, conforme o Comunicado Agrometeorológico 75 – Especial Biometeorológico, divulgado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi).
A análise, que considerou fatores como precipitação, temperatura e umidade do ar, revelou que episódios de desconforto térmico foram pontuais e localizados. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU), o documento mapeou as condições climáticas que influenciam a saúde e a produção de leite dos bovinos. A pesquisadora Ivonete Tazzo, uma das autoras do estudo, explica que os valores médios de temperatura e umidade durante o inverno não geraram estresse térmico significativo para os animais.
Embora as condições gerais tenham sido favoráveis, fatores como chuvas, geadas e baixa incidência de radiação solar impactaram a alimentação dos rebanhos, afetando as pastagens e a produção de silagem e feno. As regiões do Vale do Uruguai, Baixo Vale do Uruguai e Depressão Central apresentaram algumas situações de estresse térmico, mas em níveis baixos.
Em Vacaria, na Serra do Nordeste, não foram registradas condições de estresse térmico em junho e julho, com mais de 95% do total de horas em conforto em agosto. Outras cidades, como Passo Fundo, Caçapava do Sul, Bento Gonçalves e Teutônia, também não relataram desconforto térmico significativo em julho.
Por outro lado, Porto Vera Cruz, no Vale do Uruguai, foi o município que registrou os maiores percentuais de desconforto, com um máximo de 16% de estresse térmico leve a moderado. No entanto, as situações emergenciais não ocorreram em nenhum dos municípios avaliados.
O estudo indica que, em algumas situações, a falta de medidas adequadas poderia resultar em uma queda na produção diária de leite, especialmente em vacas de alta produtividade. Em Porto Vera Cruz, estimativas apontaram uma possível redução de 16 a 18,5% na produção em agosto, caso não fossem adotadas ações de mitigação.
A pesquisa é uma iniciativa do Grupo de Estudos em Biometeorologia e é publicada trimestralmente, podendo ser acessada na seção de Agrometeorologia da Seapi pelo site www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Seapi
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