O número de idosos que perdem a vida no trânsito do Rio Grande do Sul tem aumentado nos últimos três anos, segundo análise realizada pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET/RS). O estudo, com base em dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RS), revela que, de 2021 a 2023, o crescimento no número de vítimas fatais entre idosos, tanto como motoristas quanto pedestres, é preocupante.
Em 2023, das 1.576 mortes no trânsito registradas, 407 envolveram idosos, representando 25,8% do total. Entre essas vítimas, 113 eram motoristas e 128 pedestres. Já em 2022, do total de 1.708 óbitos no trânsito, 407 também eram idosos, representando 23,8%, com 128 motoristas e 125 pedestres. Em 2021, foram 304 idosos mortos, ou 18,7% dos 1.622 óbitos registrados, sendo 101 motoristas e 113 pedestres.
Para Ricardo Hegele, presidente da ABRAMET/RS, o aumento na mortalidade de idosos no trânsito exige uma abordagem diferenciada para motoristas e pedestres dessa faixa etária. "A avaliação médica regular e cuidadosa é essencial para os condutores, enquanto pedestres idosos precisam de orientações claras sobre segurança ao atravessar ruas e respeitar sinalizações", destaca Hegele.
Com o envelhecimento, fatores como perda de visão, reflexos mais lentos e dificuldades cognitivas podem comprometer a segurança no trânsito. Hegele reforça que tanto a manutenção de uma vida saudável quanto a atenção redobrada nas vias são fundamentais para reduzir riscos. "A travessia em faixas de pedestres e o uso de semáforos adequados são algumas das medidas que podem ajudar a garantir a segurança dos idosos no trânsito", finaliza o especialista.
A ABRAMET/RS reforça a importância de conscientizar e educar os idosos para um trânsito mais seguro, buscando preservar a autonomia e a qualidade de vida, tanto ao volante quanto nas ruas.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Correio do Povo