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Fumaça sobre o Brasil é vista por satélite da Nasa a 1,5 milhão de quilômetros da Terra
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Publicado em 16/09/2024
No último domingo, imagens impressionantes do satélite Deep Space Climate Observatory (DSCOVR) da NASA mostraram a extensão das queimadas que afetam o Brasil e outros países da América do Sul. As imagens, capturadas a mais de 1,5 milhão de quilômetros da Terra, revelam a formação de uma vasta coluna de fumaça que se estende do noroeste do Brasil até o litoral de São Paulo, seguindo pelo Oceano Atlântico.
 
Lançado em 2015, o satélite DSCOVR foi projetado para monitorar tanto o clima espacial quanto o ambiente da Terra. Posicionado no ponto de Lagrange 1 (L1), um local estável entre a Terra e o Sol, o DSCOVR oferece uma perspectiva única e contínua da interação entre o Sol e o nosso planeta. Esse ponto gravitacionalmente equilibrado permite que o satélite permaneça fixo em sua posição para observações detalhadas.
 
O Brasil está enfrentando uma severa crise ambiental devido às queimadas, exacerbadas pela seca que afeta o país. A alta incidência de queimadas está registrando impactos significativos nas cidades das regiões Norte e Sul, além de contribuir para o aumento das temperaturas. A fumaça das queimadas na Amazônia se desloca através de um corredor de ventos, afetando também os estados do Sul e do Sudeste do país.
 
De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o último final de semana registrou 7.028 focos de calor em todo o Brasil. Em julho e agosto, foram observados recordes de queimadas em diversas áreas, especialmente na Amazônia, onde a falta de chuvas tem afetado as bacias hidrográficas e tornado a vegetação mais vulnerável ao fogo.
 
O DSCOVR, equipado com uma série de instrumentos avançados, fornece dados cruciais sobre o ambiente espacial e o clima da Terra. Entre seus instrumentos estão o Magnetometer (MAG) e o Plasma Wave Instrument (PWI), que medem o campo magnético e as partículas carregadas no vento solar. Os instrumentos EPI-Hi e EPI-Lo monitoram as partículas energéticas, enquanto a Earth Polychromatic Imaging Camera (EPIC) captura imagens detalhadas da Terra, fornecendo informações sobre a atmosfera e a superfície do planeta.
 
Além de monitorar as condições espaciais, as imagens capturadas pelo DSCOVR desempenham um papel fundamental na previsão de tempestades solares e eventos espaciais que podem afetar as comunicações e sistemas de navegação na Terra. As observações contínuas do Sol e do ambiente terrestre contribuem para uma compreensão mais profunda dos impactos das mudanças climáticas e do crescimento da vegetação, oferecendo insights valiosos para a gestão ambiental e a proteção do nosso planeta.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: O Globo
Foto: Nasa
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