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Chuva fina alivia efeitos da fumaça no Rio Grande do Sul, mas ar segue insalubre para grupos sensíveis
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Publicado em 12/09/2024
A chuva fina que atingiu diversas regiões do Rio Grande do Sul nesta quinta-feira (12) trouxe uma leve melhora na qualidade do ar, diminuindo a sensação de desconforto causada pela fumaça das queimadas. Apesar da redução, o índice de qualidade do ar ainda era considerado "insalubre para grupos sensíveis", com um valor de 121, conforme a plataforma de monitoramento suíça IQ Air, parceira do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
Mesmo com a chuva, o céu acinzentado predominou em várias partes do Estado, sendo somado pelas nuvens de precipitação. A previsão de "chuva preta" em algumas áreas não se confirmou em grande quantidade. De acordo com o satélite Copernicus, da União Europeia, a fumaça das queimadas continuará presente no Rio Grande do Sul até sábado, quando os ventos deverão deslocá-la em direção ao norte, afetando outros estados.
A fumaça, gerada principalmente pelas queimadas na Amazônia e no Cerrado, já afeta a saúde pública. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) registrou 276 internações por problemas respiratórios nos últimos dias, embora tenha afirmado que a proporção desses casos permanece estável em relação ao ano passado. Em agosto, o Rio Grande do Sul viu 31.404 hectares de áreas queimadas, mais do que o dobro do mesmo mês em 2023, segundo dados do MapBiomas.
Curiosamente, o bioma Pampa, exclusivo do Rio Grande do Sul, foi o único bioma brasileiro que apresentou uma redução nas áreas queimadas, com uma queda de 67% em comparação ao mesmo período de 2023. A maior umidade na região foi o principal fator para essa diminuição. Já nos Campos de Cima da Serra, São Francisco de Paula liderou o ranking de municípios com o maior número de incêndios, seguido por Bom Jesus, São José dos Ausentes e Cambará do Sul.
Devido aos efeitos da fumaça, a Secretaria de Educação do Estado recomendou a suspensão de atividades ao ar livre até domingo, principalmente para alunos com problemas respiratórios e cardíacos. Além disso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) suspendeu a caminhada “O Amor Vive”, prevista para sábado, na orla do Guaíba, como parte das ações conjuntas com a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Correio do Povo
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