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Dono da Esportes da Sorte e esposa se entregam à polícia em meio à investigação de suposta organização criminosa
POLÍCIA
Publicado em 06/09/2024

O empresário Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da plataforma de apostas Esportes da Sorte, e sua esposa, Maria Eduarda Quinto Filizola, entregaram-se à Polícia Civil de Pernambuco na manhã desta quinta-feira (5). A empresa, conhecida por patrocinar o Grêmio e apoiar a contratação do jogador Luis Suárez em 2023, está no centro da Operação Integration, que investiga uma suposta organização criminosa acusada de movimentar quase R$ 3 bilhões provenientes de jogos ilegais e lavagem de dinheiro.

A operação, deflagrada no dia 4 de setembro, teve como um dos alvos o site Esportes da Sorte, operado pelo HSF Gaming de Curaçao, um paraíso fiscal. Darwin e Maria Eduarda permanecem detidos, mas seus advogados já solicitaram ao Tribunal de Justiça de Pernambuco que eles possam aguardar a resolução do caso em liberdade.

Em nota, o escritório Rigueira, Amorim, Caribé e Leitão, que representa o casal, afirmou que todos os questionamentos da polícia foram respondidos e garantiu que a empresa Esportes da Sorte opera de maneira regular e legal.

A Operação Integration, coordenada pela Polícia Civil de Pernambuco em conjunto com o Ministério da Justiça e Segurança Pública e a Interpol, contou com o apoio de forças de segurança de Goiás, Paraná, Paraíba e São Paulo. No primeiro dia da ação, foram cumpridos 19 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão. Entre os itens confiscados, estavam veículos de luxo, aeronaves e embarcações, além do bloqueio de bens.

Outras figuras conhecidas, como a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra, também foram detidas durante a operação. Ambas passaram por audiência de custódia e seguem em prisão temporária. Deolane se pronunciou nas redes sociais, alegando ser vítima de injustiça e criticando a perseguição contra sua família.

Segundo as investigações, a organização criminosa movimentou mais de R$ 3 bilhões entre janeiro de 2019 e maio de 2023, com a maior parte desse montante derivada de jogos ilegais. Para ocultar a origem dos valores, o grupo utilizava empresas de fachada e transações bancárias, além de investir em bens de luxo e imóveis.

O delegado-geral da Polícia Civil de Pernambuco, Renato Rocha, comentou que, embora as plataformas de apostas como a Esportes da Sorte sejam legais, algumas delas podem ser utilizadas para encobrir atividades ilícitas. Rocha também destacou que a maior parte das apostas envolve riscos financeiros significativos para os jogadores, com maior probabilidade de perda do que de ganho.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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