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Emergências de Porto Alegre enfrentam superlotação de até 364%, com 521 internados para 244 leitos disponíveis
SAÚDE
Publicado em 30/08/2024
As emergências dos hospitais e pronto-atendimentos adultos de Porto Alegre registraram, no início da tarde desta sexta-feira (30), uma média de ocupação de 213,52%, de acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). No total, 521 pessoas estavam internadas para 244 leitos disponíveis, enquanto outras 74 aguardavam atendimento. O Hospital São Lucas da PUCRS foi o mais crítico, com superlotação de 310%, ou 31 internados para dez leitos.
Nos pronto-atendimentos (PAs) Moacyr Scliar e Cruzeiro do Sul, a situação era ainda mais alarmante, com índices de 364,71% e 355,56%, respectivamente. Já nas emergências pediátricas, a lotação média era de 106,17%, com 86 crianças internadas para 81 leitos, além de nove pacientes aguardando atendimento.
Diante da superlotação, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) informou que estava priorizando casos de maior gravidade e risco, recomendando que a população procure outros serviços, como unidades básicas de saúde ou PAs, em casos menos graves. O Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), com ocupação de 182,35%, também restringiu o atendimento a pacientes com risco de morte.
Outros hospitais da Capital enfrentam índices de superlotação preocupantes: o Instituto de Cardiologia registrou 214,29% de ocupação, enquanto a Santa Casa de Misericórdia chegou a 250%. As UPAs do bairro Bom Jesus e Lomba do Pinheiro também enfrentaram superlotação, com 357,14% e 225%, respectivamente.
Segundo Paulo Bobek, coordenador municipal de Urgências da SMS, há uma saturação dos serviços de saúde, especialmente na zona Norte, devido ao aumento de pacientes vindos de outros municípios. Além disso, ele destacou que mais pessoas estão sendo afetadas por doenças respiratórias causadas pela fumaça das queimadas recentes. Para enfrentar a crise, a Prefeitura ampliou o horário de atendimento de serviços de saúde e farmácias municipais, visando facilitar o acesso a medicamentos.
Bobek afirmou que o aumento na demanda por atendimentos de saúde tem sido uma tendência desde antes da pandemia e que a situação exige solidariedade da comunidade médica e dos serviços de saúde.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte e foto: Correio do Povo
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