Nas últimas semanas, o Brasil tem sido amplamente afetado pelas queimadas, com destaque para a Amazônia e diversos outros estados. Entretanto, o problema não se limita a essas regiões. Em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, os incêndios têm se multiplicado em vários bairros, sobrecarregando o Corpo de Bombeiros Militares da cidade, que se esforça ao máximo para atender todas as ocorrências.
Na quinta-feira, 25 de julho, os bombeiros foram acionados cinco vezes para combater incêndios em vegetação em diferentes pontos do município. As chamadas começaram às 12h55, na rua Argentina, bairro Santa Rita, e seguiram até a noite, com uma ocorrência às 21h23 na ERS-342, no bairro Tamoio.
Na sexta-feira, 26 de julho, mais registros de incêndios aconteceram. Um deles, por volta das 14h07, em direção ao município de Pejuçara, e outro, em uma residência no bairro Acelino Flores, onde os bombeiros precisaram da assistência da Brigada Militar (16° BPM) devido a relatos de que o responsável pelo incêndio estava escondido em uma área de mata próxima, armado. A sequência de ocorrências continuou, com outro incêndio registrado às 15h22, nas proximidades do quartel da Brigada Militar.
Os incêndios têm se tornado frequentes em Cruz Alta, exigindo atenção redobrada das autoridades para evitar maiores danos e garantir a segurança da população. No dia 2 de agosto, por exemplo, quatro novos incêndios foram registrados em diferentes locais do município e no interior, próximo a Salto do Jacuí.
Enquanto os bombeiros de Cruz Alta se desdobram para conter os incêndios locais, o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul (CBMRS) enviou uma equipe especializada para apoiar o Mato Grosso do Sul no combate aos grandes incêndios florestais que devastam a região. A equipe, composta por 11 bombeiros militares, incluindo o sargento Wielens, de Ijuí, e o soldado Czyzewski, de Cruz Alta, visa intensificar os esforços para controlar as chamas.
O ano de 2024 tem sido marcado por um aumento alarmante nos decretos de situação de emergência por incêndios florestais no Brasil. De janeiro a 26 de agosto, 167 decretos foram emitidos, um crescimento de 193% em comparação ao mesmo período de 2023. Só no mês de agosto, 118 desses decretos foram registrados, destacando a gravidade da situação. Mais de 4,4 milhões de pessoas foram impactadas pelos incêndios este ano, com cerca de 4 milhões sendo afetadas apenas em agosto.
O cenário é preocupante e requer ações urgentes para mitigar os impactos dos incêndios em todo o país.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper