Com foco na ressocialização por meio do trabalho, a Penitenciária Modulada Estadual de Ijuí (PMEI) deu início, em agosto, à produção artesanal de bochas paralímpicas. Os itens, confeccionados por quatro detentos da unidade, serão doados a pessoas com deficiência no Rio Grande do Sul, principalmente para as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), ampliando o acesso ao esporte entre essa parcela da população. A cada três dias trabalhados, os detentos têm direito à remição de um dia da pena.
O projeto é fruto de uma parceria com a empresa 3tentos e foi intermediado pela Apae de Ijuí. Com o financiamento de R$ 5 mil, foram adquiridos os materiais para a confecção de 50 kits, cada um contendo 13 bochas. A previsão é que a produção seja concluída em dois meses.
A diretora da PMEI, Darlen Bugs, destacou a importância da iniciativa como parte da reinserção social dos apenados. "O projeto das bochas paralímpicas é construído por diversas mãos e é gratificante poder unir o trabalho prisional com uma ação de inclusão tão significativa", afirmou. A fabricação das bochas é toda artesanal, com etapas que incluem costura, preenchimento com polietileno e acabamento.
O secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Luiz Henrique Viana, reforçou o impacto positivo da ação. "Ao proporcionar aos apenados a oportunidade de participar da fabricação de equipamentos que promovem o esporte e a inclusão, estamos contribuindo para a reintegração desses indivíduos na sociedade."
A bocha paralímpica é adaptada para pessoas com deficiência e visa melhorar habilidades motoras e físicas. Desde 1984, é uma modalidade dos Jogos Paralímpicos e pode ser praticada de forma recreativa ou competitiva, com homens e mulheres competindo juntos.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte e fotos: ASCOM Governo do RS