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Após pressão popular, Lula deixa de reconhecer a vitória de Maduro e sugere novas eleições na Venezuela
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Publicado em 16/08/2024
O presidente Lula (PT) declarou nesta quinta-feira, 15 de agosto, que só reconhecerá a vitória do presidente venezuelano Nicolás Maduro após a conclusão da investigação pela Sala Eleitoral do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela. Maduro havia anunciado sua reeleição em um resultado controverso, contestado pela oposição e pela ONU, que apontou irregularidades e falta de transparência no processo eleitoral.
Em entrevista a uma rádio do Paraná, Lula afirmou que Maduro deve explicações sobre as "confusões" durante a apuração e a demora na divulgação das atas eleitorais, que foram entregues ao TSJ sob alegação de hackeamento do sistema. "Ainda não reconheço a vitória de Maduro. Ele sabe que está devendo uma explicação para a sociedade, para o mundo. Quero resultados confiáveis", disse Lula, sugerindo que o Conselho Nacional Eleitoral, que inclui representantes da oposição, poderia ser uma instância mais adequada para validar o pleito.
Lula ressaltou a importância de tratar o caso com cautela e evitou tomar uma decisão precipitada. "Não é fácil e bom que um presidente da República de um país dê palpite sobre o presidente e a política de outro país", afirmou, acrescentando que sua relação com a Venezuela, iniciada em 2003, se deteriorou devido à situação política complicada no país.
O presidente brasileiro sugeriu ainda que Maduro poderia convocar novas eleições, com a participação de todos os candidatos e observadores internacionais, como forma de resolver a crise política. "Se ele tiver bom senso, poderia fazer uma conclamação ao povo da Venezuela e estabelecer um critério de participação de todos os candidatos", sugeriu Lula.
A situação na Venezuela tem gerado tensão internacional e levou a uma onda de protestos, resultando em pelo menos 25 mortes desde as eleições de 28 de julho. Lula tem desempenhado um papel de mediador internacional na disputa, mantendo diálogo com líderes como o presidente colombiano Gustavo Petro, em busca de uma solução pacífica para a crise venezuelana.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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