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Polícia Federal deflagra Operação Coactum III para investigar 'Caixa Dois Eleitoral' e desvios em Bagé e Porto Alegre
POLÍCIA
Publicado em 13/08/2024
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13) a Operação Coactum III, com o objetivo de investigar crimes relacionados à inserção de declaração falsa em prestações de contas eleitorais, popularmente conhecido como ‘Caixa Dois Eleitoral’, além de organização criminosa, peculato e lavagem de capitais. A operação também visa apurar outros possíveis crimes contra a administração pública.
 
Desde as primeiras horas da manhã, 72 policiais federais estão executando 34 mandados de busca e apreensão em Bagé e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e em Florianópolis, Santa Catarina. As ordens judiciais, que incluem sequestro de bens, foram expedidas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE/RS).
 
A ação é um desdobramento da Operação Coactum II, realizada em maio de 2024, quando foram apreendidos dinheiro em espécie, mídias e outros elementos que reforçam as suspeitas de crimes investigados. Naquela ocasião, dois servidores foram presos em flagrante por peculato, ao serem encontrados com valores desviados de funcionários municipais.
 
De acordo com as investigações, desde 2017, servidores públicos comissionados (CCs) do município de Bagé vêm sendo coagidos a entregar parte de seus salários para uma organização criminosa. Esses valores foram utilizados para fins eleitorais sem a devida declaração à Justiça Eleitoral, prática conhecida como ‘rachadinha’. Estima-se que mais de R$ 10 milhões tenham sido desviados por meio desse esquema.
 
Entre os alvos das medidas judiciais estão agentes políticos e funcionários públicos municipais, suspeitos de recolher e ocultar os valores desviados. A operação recebeu o nome de “Coactum” em alusão ao caráter compulsório das contribuições exigidas dos servidores, que eram ameaçados de exoneração caso não entregassem parte de suas remunerações.
 
A Polícia Federal continua as investigações para desmantelar a organização criminosa e identificar todos os envolvidos no esquema.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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