O Movimento SOS Agro RS manifestou-se com veemência contra a medida provisória recentemente apresentada pelo Governo Federal, argumentando que ela não atende às necessidades cruciais do setor agrícola. Em uma carta endereçada à população, o movimento destacou os desafios enfrentados pelo Rio Grande do Sul, agravados pelas enchentes devastadoras ocorridas em maio deste ano.
O estado já vinha lidando com problemas climáticos severos nas últimas safras, que causaram danos significativos a lavouras e pastagens. "Estamos enfrentando três anos consecutivos de adversidades climáticas, que devastaram nossas colheitas e tornaram a agricultura e a pecuária insustentáveis", afirmou o movimento em nota oficial.
Nas primeiras horas desta terça-feira, 13 de agosto, centenas de produtores e agricultores da região se reuniram em uma manifestação pacífica nas margens do trevo de acesso ao município de Cruz Alta. Tratores e maquinários agrícolas foram estrategicamente estacionados à beira da rodovia, atraindo a atenção dos motoristas que passavam pelo local. Zeca Stefanello, participante ativo do movimento SOS Agro em Cruz Alta, expressou sua indignação: "O campo está clamando por políticas mais eficazes e sustentáveis. As medidas propostas até agora não contemplam as realidades enfrentadas pelos produtores, especialmente em um cenário de crise climática prolongada."
Stefanello também ressaltou a importância de um diálogo mais aberto com o governo. "Não podemos continuar sendo ignorados em um momento tão crítico. O que estamos pedindo não são favores, mas sim políticas que garantam a sobrevivência de quem alimenta o país. Precisamos de ações concretas que levem em conta as dificuldades do campo, especialmente em tempos de crise climática", enfatizou.
Ainda nesta terça-feira, 13, os organizadores do SOS Agro RS seguirão para Brasília, onde entregarão a carta à Superintendência do Ministério da Agricultura. Enquanto isso, no Rio Grande do Sul, os produtores rurais continuarão a se mobilizar com manifestações de tratores, na esperança de que medidas mais adequadas sejam implementadas para garantir a sobrevivência do setor.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fotos: Fernando Kopper