A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (7) a Operação Snail, visando combater o armazenamento de imagens de exploração sexual infantojuvenil no Rio Grande do Sul. A ação resultou na prisão em flagrante de dois suspeitos nos municípios de Porto Alegre e Palmares do Sul.
Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão: dois em Porto Alegre, um em São Leopoldo e um em Palmares do Sul. Nos locais vistoriados, os agentes encontraram mais de dois mil arquivos contendo imagens de exploração sexual infantil. Notebooks e smartphones foram apreendidos e serão submetidos a perícia técnica para investigar possíveis crimes conexos, como compartilhamento, produção e abuso sexual infantojuvenil.
Os quatro suspeitos atuavam de forma independente e não possuem relação entre si. Entre os presos, estão um professor de educação física, de Palmares do Sul, e um cabeleireiro de 27 anos, morador de Porto Alegre. Ambos foram conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Porto Alegre antes de serem encaminhados ao sistema penitenciário.
A operação, batizada de "Snail" em referência a um dos apelidos usados por um dos investigados, revelou detalhes perturbadores. O suspeito preso em Palmares do Sul, além de ser acusado de armazenamento de conteúdo de exploração sexual infantil, responderá por estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantojuvenil. A análise inicial das imagens em seu celular revelou três vítimas, sendo duas delas suas alunas.
Os outros investigados são um advogado de 47 anos, de Porto Alegre, que teve seus dispositivos eletrônicos apreendidos para perícia, e um enfermeiro de 20 anos, de São Leopoldo, que também teve seu computador e celular confiscados. A PF continua as investigações para identificar possíveis outras vítimas e co-autores.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper