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Após três meses de enchentes, 2.320 escolas estaduais do RS retomam atividades presenciais com investimentos de R$ 129 milhões
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Publicado em 06/08/2024
Nesta terça-feira, 6 de agosto, 2.320 escolas da Rede Estadual do Rio Grande do Sul retomam as atividades presenciais, após três meses desde o início das enchentes que afetaram a região. A volta às aulas marca o retorno de cerca de 735 mil estudantes às salas de aula, incluindo alunos de 32 escolas que estavam com aulas remotas, híbridas ou em regime de revezamento.
A coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (5) no Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, contou com a presença das secretárias da Educação, Raquel Teixeira, e de Obras Públicas, Izabel Matte. Elas apresentaram um panorama sobre a recuperação das instituições de ensino e o retorno das atividades presenciais.
Para garantir a retomada das aulas, o governo estadual investiu R$ 129,1 milhões desde o início da crise. Os recursos foram alocados da seguinte forma:
- R$ 51,5 milhões em parcelas adicionais de autonomia financeira para 636 escolas.
- R$ 18,2 milhões em repasses para merenda escolar em 2.280 escolas.
- R$ 40,3 milhões em mobiliário e equipamentos para escolas afetadas.
- R$ 19,1 milhões em obras para reparar danos em 606 instituições.
Raquel Teixeira destacou a importância do retorno gradual e estruturado, enfatizando que o foco estava em garantir um ambiente escolar seguro e confortável. "A educação é um processo coletivo. Para que o aluno aprenda, é necessário um orçamento adequado, escolas confortáveis e seguras, além de professores e funcionários capacitados", afirmou.
Das 1.103 escolas estaduais atingidas pelas enchentes, 18 ainda permanecem fechadas, com aulas sendo realizadas em formatos alternativos. Dessas, 16 devem retomar as atividades presenciais até 12 de agosto. As escolas que ainda não têm previsão de retorno são a Escola Estadual de Ensino Fundamental São Caetano, de Porto Alegre, e o Colégio Estadual Tereza Francescutti, de Canoas, que estão em reforma e operam em locais provisórios.
Izabel Matte detalhou os trabalhos de recuperação, que incluem reparos em telhados, cercas e pavimentação. "A limpeza e reparação envolvem um processo complexo, que vai além da simples remoção de entulhos", explicou.
Até o momento, 179 escolas já passaram por reparos, sendo 129 em Porto Alegre, 26 em Pelotas e 24 no Vale do Taquari. Outras 215 escolas receberão projetos de recuperação. Além disso, foram adquiridos mais de 27 mil itens de mobiliário e equipamentos, com foco na reposição das necessidades básicas das escolas.
O acolhimento dos alunos também está sendo priorizado, com atividades de recomposição de aprendizagem e atendimento pedagógico. O programa Estudos de Aprendizagem Contínua será intensificado nas áreas mais afetadas para auxiliar na recuperação do aprendizado dos estudantes.
Durante a coletiva, também foi revelado um levantamento dos danos nas escolas, que incluiu problemas como acúmulo de água, resíduos e danos a estruturas essenciais. Em nove escolas de Porto Alegre, foram removidos 1,5 m³ de entulho, equivalente a 250 caminhões.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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