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Governador Eduardo Leite critica falta de medidas federais em abertura do 23° Congresso Brasileiro do Agronegócio
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Publicado em 05/08/2024
Na manhã desta segunda-feira, 05/08, o governador Eduardo Leite participou da abertura oficial do 23° Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado no Teatro do Sheraton Hotel, em São Paulo. O evento, que reúne líderes e empresas do setor, serviu de plataforma para Leite expressar sua preocupação com a falta de ações eficazes por parte do governo federal para amparar os produtores do Rio Grande do Sul após as enchentes de abril e maio.
 
Leite criticou a Medida Provisória 1.247, editada pela União em 31 de julho, afirmando que a proposta não aborda a renegociação de dívidas e restringe a postergação de parcelas apenas aos diretamente afetados pela enchente. O governador destacou que as consequências da catástrofe são mais amplas, afetando não apenas as áreas inundadas, mas também produtores que já enfrentavam dificuldades financeiras devido a estiagens anteriores.
 
De acordo com a apuração de danos, 206.604 propriedades e 19.190 famílias rurais foram impactadas. As perdas incluem problemas no escoamento da produção em 4.548 comunidades rurais e danos significativos a diversas culturas, como soja, fruticultura e pastagens. Na pecuária, houve perdas de milhões de aves comerciais, bovinos, suínos e toneladas de pescado, além de uma redução na produção leiteira que supera 9,6 milhões de litros. As perdas econômicas diretas são estimadas em R$ 3 bilhões, com impactos em ativos que podem chegar a R$ 75 bilhões.
 
Representando o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, o assessor especial Carlos Augustin reconheceu que as medidas atuais ainda não atendem completamente as demandas dos produtores gaúchos, mas reafirmou o compromisso do governo federal em buscar soluções mais abrangentes.
 
O congresso também contou com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que recebeu agradecimentos de Leite por seu apoio e solidariedade. O evento é promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em parceria com a Bolsa de Valores de São Paulo (B3), e conta com a participação de importantes figuras do setor, como o secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, o presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, e o CEO da B3, Gilson Finkelsztain.
 
Desde o início da crise, o governo gaúcho tem implementado medidas de amparo ao meio rural, incluindo o pagamento de horas-máquina e o Programa Agrofamiliar, que investiu mais de R$ 200 milhões no setor agropecuário.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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