O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais realizadas no domingo (28), com 51,2% dos votos. Com esta vitória, Maduro está prestes a iniciar um novo mandato de seis anos, o que pode levar seu tempo no poder a impressionantes 17 anos desde 2013. No entanto, o resultado é amplamente contestado por líderes internacionais e pela oposição venezuelana.
A oposição e diversos países ao redor do mundo estão exigindo uma transparência total no processo eleitoral. Representantes dos Estados Unidos, da América Latina e da Europa pediram a divulgação completa das atas de votação e uma revisão detalhada dos votos. Entre os críticos estão Argentina, Chile, Peru, Costa Rica, Guatemala e Uruguai, que questionam severamente a legitimidade do pleito.
A oposição venezuelana, que não teve acesso a 100% das atas de votação, alega que o verdadeiro vencedor é o candidato Edmundo González Urrutia. As denúncias de irregularidades e falta de transparência acirram ainda mais a disputa política no país e colocam em dúvida a autenticidade do resultado divulgado pelo CNE.
Enquanto isso, governos aliados ao regime chavista, como Cuba, Nicarágua, Bolívia, Honduras e Rússia, rapidamente parabenizaram Nicolás Maduro, reconhecendo sua reeleição. No entanto, o reconhecimento de tais governos é visto por muitos como uma forma de apoio a um regime amplamente acusado de práticas autoritárias e de manipulação eleitoral.
A crescente pressão internacional e as alegações de fraude eleitoral destacam uma crise política que continua a afetar profundamente a Venezuela, um país que já enfrenta uma grave crise econômica e social. O futuro político da nação e sua relação com a comunidade internacional dependem agora da resposta às demandas por uma investigação completa e imparcial sobre as eleições.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper