Uma paródia do famoso quadro de Leonardo Da Vinci, “A Última Ceia”, com drag queens na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris gerou um forte incômodo na Igreja Católica e entre políticos conservadores. A performance, realizada de maneira inédita no rio Sena e assistida por milhões de espectadores em todo o mundo, tem sido amplamente criticada por sua falta de respeito às crenças cristãs.
A recriação da famosa cena bíblica, que representa Jesus Cristo e seus doze apóstolos compartilhando uma última refeição antes da crucificação, foi feita com drag queens, uma modelo transgênero e um cantor nu representado como o deus grego do vinho, Dionísio. Para muitos, essa apresentação foi uma afronta direta à fé cristã e aos seus símbolos mais sagrados.
A Igreja Católica na França manifestou sua indignação publicamente. “Infelizmente, esta cerimônia apresentou cenas de escárnio e zombaria do Cristianismo, que deploramos profundamente”, afirmou a Conferência dos Bispos Franceses em comunicado.
Políticos de diversas partes do mundo também expressaram descontentamento nas redes sociais. “Para todos os cristãos do mundo que estão assistindo à cerimônia
#Paris2024 e se sentiram insultados por esta paródia drag queen da Última Ceia, saibam que não é a França que está falando, mas uma minoria de esquerda pronta para qualquer provocação”, escreveu a política conservadora Marion Marechal em um post no X.
O italiano Matteo Salvini acrescentou: “Abrir os Jogos Olímpicos insultando milhares de milhões de cristãos no mundo foi realmente um péssimo começo, queridos franceses”.
O bilionário Elon Musk, que recentemente apoiou Donald Trump, afirmou que a representação era “extremamente desrespeitosa para com os cristãos”.
Javier Tebas Medrano, presidente da liga de futebol profissional de Espanha, La Liga, considerou a performance uma blasfêmia “inaceitável, desrespeitosa e infame. Utilizar a imagem da Última Ceia nos Jogos Olímpicos de Paris é um insulto para aqueles que são cristãos. Onde está o respeito pelas crenças religiosas?”.
O arcebispo de Santiago do Chile, Fernando Chomali, manifestou sua dor e decepção no X (antigo Twitter) diante da “paródia grotesca do que os católicos temos de mais sagrado, a Eucaristia”. Ele lamentou: “A intolerância dos 'tolerantes' não tem limites. Não é assim que se constrói uma sociedade fraterna. Assistimos ao niilismo na sua máxima expressão”.
Dom Robert Barron, bispo de Winona Rochester, Minnesota, e um dos bispos mais conhecidos dos EUA, encorajou os católicos a “fazerem ouvir a sua voz” em resposta ao que ele chamou de uma “zombaria grosseira da Última Ceia”.
A performance na abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, que pretendia celebrar a diversidade e a subversividade da vida noturna parisiense, acabou por desrespeitar profundamente milhões de cristãos ao redor do mundo, evidenciando a crescente intolerância contra as crenças religiosas tradicionais.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper