Nesta quarta-feira, 24 de julho, o Ministério de Portos e Aeroportos anunciou o início do programa Voa Brasil, que visa oferecer passagens aéreas por até R$ 200 em cada trecho. A primeira fase do programa disponibilizará 3 milhões de passagens para aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), independentemente da faixa de renda.
Para se beneficiar das passagens a preços reduzidos, os aposentados devem atender ao critério de não terem viajado de avião nos últimos 12 meses. Cada beneficiário poderá adquirir até dois bilhetes aéreos por ano. O ministério estima que mais de 23,3 milhões de aposentados terão direito ao benefício. As passagens poderão ser adquiridas diretamente no site do governo
gov.br/voabrasil utilizando a conta
Gov.br. Para garantir a segurança do processo, a conta precisa estar no nível prata ou ouro. Quem tem conta no nível bronze deve fazer o upgrade com a inclusão de dados pessoais e reconhecimento facial.
Se os critérios não forem atendidos, o login no site será bloqueado. Ao localizar a passagem desejada no site, o usuário será direcionado para a página da companhia aérea para finalizar a compra. As empresas Azul, Gol, Latam e VoePass estão participando do programa.
Segundo o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a ideia é expandir o programa para estudantes inscritos no Programa Universidade para Todos (ProUni) e no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) no primeiro semestre de 2025. “Esse é o primeiro passo para incluir mais brasileiros viajando pelo Brasil”, afirmou.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou os benefícios do programa para a população, especialmente em termos de saúde mental. “Para combater depressão, ansiedade, não há nada melhor do que sair, conhecer outras pessoas, visitar pessoas queridas, família, amigos e conhecer o Brasil, esse país fascinante.”
A adesão das companhias aéreas ao programa será voluntária e não envolverá recursos públicos. O CEO da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, explicou que a ideia é aproveitar a ociosidade das aeronaves na baixa temporada. “Cada voo que temos tem assentos vazios. Temos a oportunidade de incluir mais pessoas, e isso não significa que as outras pessoas terão que pagar mais, mas elas precisam se planejar mais, comprar com antecedência, e não podem voar nos feriados. Os aposentados são mais flexíveis, não têm emprego, então podem viajar quando não é o pico. Isso é onde a indústria quer que as pessoas viajem”, disse Rodgerson.
Atualmente, de janeiro a junho, a taxa média de ociosidade das aeronaves é de 20%. O secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca, destacou que apenas 2% da ocupação nas aeronaves brasileiras é de pessoas com mais de 65 anos, enquanto essa faixa etária representa 10% da população brasileira. “Nosso trabalho foi reunir esse conjunto de disponibilidade de passagens no período de baixa estação e na ociosidade das aeronaves, que chega a 20%”, explicou Franca.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper