Após meses aguardando uma negociação efetiva com o governo federal para atender suas reivindicações, a categoria dos servidores públicos federais do Seguro Social (INSS) esgotou todas as alternativas de acordo e decidiu deflagrar um movimento de greve por tempo indeterminado a partir do dia 16 de julho em todo o Brasil.

 

Em assembleia realizada no Sindicato dos Trabalhadores Federais da Saúde, do Trabalho e da Previdência do Rio Grande do Sul (SindisprevRS), os servidores do INSS no Rio Grande do Sul referendaram a deliberação da Plenária Nacional da Fenasps, ocorrida em 30 de junho de 2024, e recusaram a proposta de acordo apresentada pelo governo na terceira rodada da Mesa Específica do Ministério de Gestão e Inovação (MGI). Assim, foi deflagrada a greve em todo o estado.

 

Foram realizadas três rodadas de negociações no Ministério de Gestão e Inovação (MGI), nas quais o governo rejeitou todas as reivindicações da categoria e ainda incluiu medidas que fragilizam a Carreira do Seguro Social. A avaliação dos servidores é de que a postura do governo não é de negociar efetivamente, mas sim de tentar forçá-los a desistirem das negociações, o que justifica a decisão de iniciar a greve.

 

De acordo com Daniel Emmanuel, diretor do SindisprevRS, a última proposta do governo, apresentada no dia 3 de julho, é muito ruim para a categoria. “Além de não atender a nenhuma reivindicação referente à estrutura da Carreira do Seguro Social, que é a principal preocupação dos servidores, a proposta ainda inclui o congelamento da Gratificação de Atividade Executiva (GAE) e o alongamento da carreira de 17 para 20 padrões e 4 classes, rebaixando os vencimentos de entrada das primeiras classes/padrões e desvalorizando a Carreira do Seguro Social”, explicou.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte: Correio do Povo