A movimentação da Lagoa dos Patos continua causando grandes transtornos para os moradores da Colônia Z3, em Pelotas. Nesta semana, quatro famílias da região do Cedrinho tiveram que deixar suas casas devido à invasão da água.
Uma das famílias retornou ao abrigo da localidade, no Salão Paroquial João Paulo II, enquanto as demais foram para as casas de parentes. No total, dezesseis pessoas foram obrigadas a sair de suas residências. Atualmente, o abrigo conta com 21 famílias, totalizando 61 pessoas alojadas.
O coordenador da Defesa Civil Municipal, Eduardo Tejada, informa que, com a diminuição dos ventos, a água recuou na madrugada desta quinta-feira, mas as regiões do Cedrinho, Junquinho e Divinéia permanecem alagadas, embora não tenham sofrido novos avanços. “A Defesa Civil orienta que, mesmo que a água recue, a região não está liberada para o retorno das pessoas,” enfatiza. Ele justifica que o momento é de instabilidade. “Enquanto a Lagoa estiver em nível alto, qualquer mudança nos ventos poderá causar novas inundações. O retorno para casa só será permitido quando a Lagoa voltar ao nível normal, o que será informado pela prefeitura nos canais oficiais,” destaca.
Segundo a engenheira hídrica da Universidade Federal de Pelotas, Tamara Beskow, o vento forte de direção sudoeste afastou a água da margem da Z3. Após a diminuição da intensidade, a água retornou com um nível levemente superior, registrando cerca de 20 centímetros a mais do que na última sexta-feira. “Não tivemos eventos de chuva significativos para o aumento do nível da Lagoa. A dinâmica ocorreu por conta do vento,” explica.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper