Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta semana, a colheita de soja no Rio Grande do Sul foi finalizada, trazendo consigo um panorama misto de desafios e expectativas para os produtores. No Sul do Estado, aproximadamente 10% da área plantada foi abandonada, resultando em uma produtividade média estimada de 1.500 kg/ha. Na Região da Campanha, apesar da conclusão da colheita, algumas lavouras foram abandonadas devido ao baixo potencial produtivo e alto índice de grãos danificados.
A produtividade média apresentou quedas expressivas, variando de 904 kg/ha em Hulha Negra, com uma redução de 62%, a 1.740 kg/ha em Dom Pedrito, com decréscimo de 35%. Na Fronteira Oeste, em Alegrete, registrou-se uma produtividade de 1.900 kg/ha com perdas de 32%, enquanto em São Borja alcançou-se 2.400 kg/ha, representando uma redução de 16%. Apesar das menores perdas em comparação às regiões Sul e da Campanha, os agricultores enfrentam desafios econômicos devido aos elevados custos com replantio, herbicidas e fungicidas, exacerbados pela desvalorização da cotação do grão.
Após a conclusão da colheita, os produtores estão se adiantando na obtenção de créditos de custeio para a safra 2024/2025, buscando manter as condições do Proagro conforme o atual Plano Safra, apesar da expectativa de redução na cobertura do seguro para o próximo ciclo agrícola. A área cultivada no Estado foi estimada em 6.681.716 hectares, com uma média estadual de produtividade de 2.923 kg/ha.
Os desafios enfrentados nesta safra destacam a necessidade de estratégias robustas para mitigar riscos e garantir a sustentabilidade econômica das atividades agrícolas no Rio Grande do Sul, preparando-se para os próximos desafios climáticos e econômicos que podem impactar significativamente a produção agrícola no estado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper