A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou mais uma morte por leptospirose em decorrência das enchentes ocorridas em maio. Com a atualização divulgada nesta quinta-feira, 27 de junho, o número de vítimas fatais da doença no estado chega a 25.
A vítima mais recente é um homem de 52 anos, residente do município de Estrela. Além dele, outros quatro óbitos estão sob investigação. Desde o início das enchentes, foram notificadas 6.168 suspeitas de leptospirose, das quais 485 (7,9%) tiveram confirmação positiva para a doença.
Os casos fatais de leptospirose registrados até o momento estão distribuídos nas seguintes localidades: Porto Alegre (4), Novo Hamburgo (2), Alvorada (2), Alecrim, Capela de Santana, Charqueadas, Estrela, Rio Grande, Pelotas, Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Igrejinha, Guaíba, Encantado, Canoas, Cachoeirinha e Viamão.
A leptospirose é transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais, principalmente ratos, infectados pela bactéria Leptospira. Para prevenir a doença, é recomendado o uso de equipamentos individuais de proteção (EPIs) ao entrar em contato com a água das enchentes.
Os sintomas da leptospirose variam de formas assintomáticas a quadros graves, podendo levar à morte. A doença tem duas fases: precoce e tardia. O período de incubação varia de um a 30 dias, sendo comum entre sete e 14 dias após a exposição. O diagnóstico é realizado através de exames de sangue que detectam anticorpos ou a presença da bactéria.
O tratamento para leptospirose inclui antibioticoterapia, que é mais eficaz na primeira semana após o início dos sintomas. Na fase precoce, são indicados doxiciclina ou amoxicilina, enquanto para a fase tardia, utilizam-se penicilina cristalina, penicilina G cristalina, ampicilina, ceftriaxona ou cefotaxima.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper