Uma mulher de 31 anos, que se apresentava como médica veterinária e atuava em um abrigo de animais no contexto da enchente em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foi autuada pela Polícia Civil por exercício irregular da profissão. Após o registro do caso, ela foi ouvida e liberada.
Segundo a investigação, a mulher atuou no local por cerca de um mês. Outros voluntários, desconfiados de sua atividade, acionaram a Brigada Militar (BM) na noite de segunda-feira (26). "Outras voluntárias que trabalham lá suspeitaram que ela não seria veterinária realmente e fizeram buscas, então, nos sites do Conselho de Medicina Veterinária, não achando registro dela", explicou a delegada Marina Goltz.
A mulher chegou a apresentar documentos para atuar de forma remunerada pela prefeitura em um chamamento público, mas não foi contratada devido à falta da cópia da carteira funcional, conforme o município. A polícia afirma que a suspeita não apresentou diploma de veterinária nem registro no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS), documentos necessários para exercer a atividade no estado. Durante a enchente, cerca de 250 cachorros perdidos foram acolhidos no abrigo.
Além do exercício ilegal da profissão, voluntárias que acionaram a polícia alegaram que a mulher recolhia recursos via PIX para uso próprio, sem prestar contas. A polícia investigará essa alegação através de um inquérito. "Com relação à contravenção penal do exercício ilegal da profissão, a gente faz um termo circunstanciado e encaminha para o Judiciário. Com relação à outra alegação, com relação às doações, vai ser instaurado um inquérito policial para apurar o fato", afirmou a delegada Goltz.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper