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Bandido morto em assalto no Aeroporto de Caxias do Sul é do Piauí; PCC estaria por trás do sangrento assalto
POLÍCIA
Publicado em 20/06/2024

O criminoso morto em confronto com a Brigada Militar durante o violento assalto na noite de quarta-feira, 19/06, no aeroporto Hugo Cantergiani, em Caxias do Sul, foi identificado como natural do Piauí. A presença do assaltante tão longe de sua terra natal sugere que a quadrilha envolvida no roubo milionário possui alcance nacional. As autoridades apontam que o homem também é suspeito de participar de outros ataques a carros-fortes no país. O segundo sargento Fabiano Oliveira, da Brigada Militar, também perdeu a vida tentando enfrentar os assaltantes.

A complexidade e organização do assalto, que envolveu quase uma dezena de criminosos armados como uma tropa de infantaria e disfarçados de policiais federais, levou as autoridades de segurança pública a acreditarem que o ataque foi orquestrado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Esta facção criminosa, originada nos anos 1990 em presídios paulistas, é atualmente quase um cartel internacional com presença em grande parte do território brasileiro, incluindo a serra gaúcha.

Vários indícios reforçam essa suspeita. Primeiramente, o voo carregado com dinheiro de um banco privado veio de Curitiba e os criminosos tinham conhecimento preciso disso, sugerindo a colaboração de criminosos locais para planejar rotas de fuga. Além disso, a participação do assaltante do Piauí, com antecedentes em São Paulo, indica uma articulação nacional, característica dos megaassaltos a carros-fortes.

As semelhanças com outros crimes incluem:

  • Grande número de assaltantes, todos bem treinados no uso de armas de guerra.
  • Armamento pesado, como fuzis Barrett M82 calibre .50, utilizados em conflitos internacionais.
  • Participação de criminosos de várias regiões do país, demonstrando uma operação articulada e bem planejada.

Em 2001, o PCC tentou assaltar um avião no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, mas foi interceptado pela Polícia Federal antes da execução. Naquela ocasião, havia colaboração entre criminosos de diferentes estados, equipados com armamento pesado e explosivos.

No assalto em Caxias do Sul, os criminosos conseguiram roubar uma quantia não revelada em milhões. Parte do dinheiro foi recuperada após o confronto, pois o bandido morto foi abandonado pelos comparsas junto com os malotes de dinheiro. As forças de segurança mantêm o cerco na região na tentativa de capturar os demais integrantes da quadrilha e recuperar o restante dos valores roubados.

A investigação do caso será conduzida pela Polícia Federal, devido à natureza interestadual do crime, com a colaboração da Brigada Militar e da Polícia Civil.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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