A Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul confirmou nesta semana mais uma morte por leptospirose, elevando para 20 o número total de óbitos no estado. Todas as vítimas são homens.
O governo gaúcho reforça que as recentes chuvas aumentam o risco de contaminação pela leptospirose, doença transmitida pela água contaminada com urina de ratos. A bactéria entra no corpo humano pela pele ou mucosas e, sem tratamento adequado, pode ser fatal.
Segundo o Centro Estadual de Vigilância Sanitária (CEVS), outras sete mortes estão em investigação. Desde as enchentes do mês passado, foram notificados 5.439 casos de leptospirose no estado, dos quais 353 foram confirmados, 1.255 descartados e 3.831 ainda estão sob investigação. Porto Alegre lidera o número de notificações com 1.597 casos.
A Força Nacional do Sistema Único de Saúde informou que, entre os atendimentos prestados no Rio Grande do Sul, a leptospirose corresponde a 3,4% dos diagnósticos.
Os sintomas iniciais da leptospirose incluem dores de cabeça e musculares, especialmente nas panturrilhas e região lombar, calafrios, febre, náuseas e falta de apetite. Outros sintomas são hemorragia conjuntival e fotofobia. Na fase avançada, pode ocorrer icterícia intensa, insuficiência renal aguda e hemorragias, inclusive pulmonares.
A SES recomenda que cidadãos com sintomas procurem imediatamente uma unidade de saúde. A prevenção inclui evitar contato com água de enchentes e usar proteção adequada como luvas e botas impermeáveis. Ingestão de água ou alimentos contaminados deve ser evitada, e ferimentos devem ser protegidos.
Os casos suspeitos devem iniciar tratamento com antibióticos o quanto antes. Amostras de sangue para confirmação da doença devem ser enviadas ao Laboratório Central do Estado a partir do sétimo dia dos sintomas. A leptospirose é de notificação compulsória, e os casos suspeitos devem ser comunicados à Secretaria Municipal de Saúde em até 24 horas.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
