Offline
Mesmo com enchentes, RS terá a 2ª maior produção de soja do país, diz consultoria
AGRO
Publicado em 13/06/2024
As severas inundações que afetaram o Rio Grande do Sul resultaram em um corte significativo nas projeções de produção de soja para o estado, conforme apontado pela consultoria Safras & Mercado. Comparado ao levantamento de 12 de abril, a estimativa foi reduzida em 2,8 milhões de toneladas, totalizando agora 20 milhões de toneladas. Anteriormente, esperava-se um recorde de 22,799 milhões de toneladas.
 
O analista e consultor de Safras, Luiz Fernando Gutierrez Roque, destacou que as chuvas intensas causaram impactos devastadores, tanto na produtividade das lavouras ainda não colhidas quanto nas perdas em silos e armazéns que armazenavam soja.
 
"A redução da produtividade média e da produção esperada para o Rio Grande do Sul foi significativa devido ao evento climático que atingiu grande parte do estado entre o fim de abril e meados de maio", explicou Roque.
 
Essa diminuição na produção gaúcha terá repercussões importantes na produção nacional, pois o Rio Grande do Sul, mesmo com as perdas, continuará sendo o segundo maior produtor estadual de soja nesta temporada. Para mitigar parte do impacto negativo, houve ajustes positivos em outros estados produtores, com destaque para o aumento da produção esperada no Mato Grosso, principal produtor do país.
 
Consequentemente, a safra brasileira de soja para o período 2023/24 foi revisada para 149,705 milhões de toneladas, ainda sendo a segunda maior da história do país, mas abaixo das 151,246 milhões de toneladas estimadas em abril.
No mercado brasileiro, a movimentação foi intensa na quinta-feira (6), especialmente devido à valorização na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), impulsionada por notícias de regulamentações mais rigorosas sobre créditos fiscais no Brasil, o que potencialmente beneficiaria as exportações dos Estados Unidos. Isso resultou em atividades comerciais agitadas nos portos brasileiros, com compradores apresentando ofertas sólidas e prazos de pagamento mais curtos, o que tem atraído a atenção dos produtores.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Safras & Mercado
Comentários
Comentário enviado com sucesso!