A comunidade escolar do bairro Acelino Flores em Cruz Alta foi abalada mais uma vez por um caso de agressão violenta contra os professores da Escola Municipal Maria Gessi. Desta vez, a vítima foi a própria diretora Eliese Wahys, de 54 anos, atacada pela mãe de duas alunas durante a tarde da última terça-feira, 11 de junho.
Segundo testemunhas, a agressora estava emocionalmente descontrolada ao invadir a escola. Inicialmente, ela insultou verbalmente a diretora e, quando ficaram a sós, partiu para a agressão física, derrubando Eliese no corredor, desferindo socos em sua cabeça e causando lesões nos braços. Em um dos momentos mais violentos, a mulher agarrou os cabelos da diretora e bateu sua cabeça contra o chão, provocando um grande hematoma.
A violência durou alguns minutos até que um professor interveio, conseguindo conter a agressora que, ainda assim, incitava uma de suas filhas a trazer uma faca. A mulher deixou o local, mas antes de sair, quebrou o vidro traseiro do carro da diretora e riscou a lataria do veículo.
As imagens da agressão foram captadas em tempo real pela Secretaria Municipal de Educação, que prontamente socorreu a diretora. Eliese Wahys foi levada por colegas à UPA para atendimento emergencial. O circuito de câmeras havia sido instalado após um incidente no mês passado, quando a mesma mulher agrediu uma monitora ao tentar retirar suas filhas da escola antes do horário permitido.
Diante do ocorrido, os professores decidiram paralisar as atividades até a sexta-feira seguinte, aguardando a responsabilização da agressora por meio de um inquérito policial. Eles também esperam uma manifestação do Ministério Público para transferir as alunas e garantir a segurança de todos na escola.
A mulher tem um histórico de agressões desde 2018, quando ameaçou uma professora grávida e agrediu outras duas que tentaram intervir. Após este incidente, suas filhas foram transferidas para outra escola, mas retornaram à Maria Gessi no encerramento do ano letivo, trazendo de volta o clima de tensão.
No mês passado, a agressão à monitora reviveu os conflitos antigos, forçando a monitora a ser escoltada por familiares devido às ameaças. Segundo o delegado Murilo Gambini Juchem, há elementos suficientes para a abertura de um inquérito policial contra a mãe das alunas.
Na manhã de quarta-feira, 12 de junho, a Brigada Militar se reuniu com os professores para estabelecer um patrulhamento preventivo ao redor da escola. O sargento Maurício Aguiar, da Patrulha Escolar do 16º Batalhão da BM, será responsável por garantir a segurança durante o período de paralisação, assegurando que os professores possam acessar a escola sem medo de novas agressões.
A comunidade escolar de Acelino Flores clama por justiça e segurança, esperando que as autoridades tomem as medidas necessárias para punir a agressora e restabelecer a paz no ambiente escolar.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte e fotos: Luiz Ronaldo Corrêa Pinheiro