O ex-deputado federal Deltan Dallagnol, juntamente com a pré-candidata à prefeitura do Rio de Janeiro Carolina Sponza e o pré-candidato a vereador Jonathan Mariano, não pouparam críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes durante uma ação realizada nesta terça-feira (04).
Os membros do partido Novo protocolaram uma notícia-crime junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), acusando o ministro Moraes de abuso de autoridade. A denúncia está relacionada à decisão do ministro de ordenar a prisão de duas pessoas acusadas de ameaçá-lo, assim como a seus familiares.
No documento apresentado à PGR, Dallagnol e os pré-candidatos argumentam que a atitude de Alexandre de Moraes configura um impedimento legal, uma vez que o ministro agiu como juiz em um caso no qual ele mesmo era a vítima. Além disso, ressaltam que os suspeitos não possuem foro privilegiado no STF, o que torna a Corte incompetente para julgar o caso, que deveria ser de competência da Justiça Federal de primeira instância.
"Em vez de encaminhar o pedido de prisão da PGR para a primeira instância ou para outro ministro do Supremo, Alexandre de Moraes agiu como tem feito há tempos, atropelando a Constituição e as leis", afirmou Deltan Dallagnol.
Carolina Sponza, pré-candidata do Novo à prefeitura do Rio de Janeiro, enfatizou a necessidade de investigação por parte da PGR sobre possíveis crimes de abuso de autoridade. "Moraes jamais poderia ter decidido, como juiz, um caso que envolve ele mesmo e seus familiares, portanto, ele estava impedido desde sempre", declarou Sponza.
Jonathan Mariano ressaltou a postura do partido Novo em repudiar qualquer crime de ameaça, mas destacou a importância de que qualquer punição seja feita de acordo com a Constituição e as leis do Brasil. "Mas já faz anos que isso não é respeitado pelo ministro Alexandre de Moraes", concluiu Mariano.
Com informações:Jornalista Fernando Kopper