Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, foi considerado culpado na última quinta-feira (30) no julgamento sobre a ocultação do pagamento de US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels durante a campanha presidencial de 2016. O pagamento tinha o objetivo de silenciar Daniels sobre um suposto caso com Trump, ocorrido anos antes. A acusação centrou-se na alegação de que Trump disfarçou contabilmente esse pagamento, violando leis de financiamento de campanha.
Trump foi condenado por 34 crimes, todos classificados como de classe E, a categoria mais branda no estado de Nova York. A pena máxima para esses crimes é de 4 anos de prisão. No entanto, o juiz Juan Merchan pode considerar várias circunstâncias atenuantes, como a primeira condenação criminal de Trump, a natureza não violenta do crime, sua idade de 77 anos e seu histórico como ex-presidente dos EUA. Analistas sugerem que é improvável que Trump vá para a prisão. É mais provável que ele receba uma multa e um período de liberdade condicional.
Apesar da condenação, Trump alega ser vítima de perseguição política e mantém sua intenção de concorrer à presidência novamente. A Constituição dos EUA não impede que uma pessoa condenada criminalmente concorra à presidência, desde que cumpra os requisitos básicos: ser nascido nos EUA, ter pelo menos 35 anos e ter residido nos EUA por pelo menos 14 anos.
Em termos de perdão presidencial, Trump não pode perdoar a si mesmo se for eleito, pois a condenação ocorreu na Justiça estadual de Nova York. Apenas o governador do estado pode conceder tal perdão. Esta é a primeira vez que um ex-presidente dos EUA é condenado criminalmente, e as reações do eleitorado ainda são incertas. A eleição está marcada para 5 de novembro, e o impacto dessa condenação na campanha de Trump e na opinião pública será um fator crucial nos próximos meses.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper