Na noite de quinta-feira (23), por volta das 18h15, mais um acidente grave ocorreu na BR-158, no trecho entre o trevão com a RSC-377 e o trevo do Porto Seco, envolvendo animais na pista de rodagem.
Uma caminhoneta com placas de Panambi, que seguia no sentido Cruz Alta-Panambi, colidiu com dois cavalos que estavam na pista. O impacto deixou os dois ocupantes do veículo, ambos moradores de Panambi, com ferimentos leves, graças ao sistema de air-bags que evitou consequências mais graves. Os dois cavalos morreram no local. A parte frontal do veículo ficou completamente destruída. Segundo o repórter Fábio Marangon, com a força da colisão, um dos animais foi arremessado a cerca de 60 metros do local do acidente. Os animais pareciam bem cuidados, sugerindo que podem ter escapado de um local próximo.
A Polícia Rodoviária Federal atendeu a ocorrência e, apesar do incidente, o trânsito não foi interrompido. O evento ressalta um problema recorrente na região: a presença de cavalos soltos nas vias públicas, uma situação que tem mobilizado autoridades locais.
Nas últimas semanas, a questão dos cavalos soltos em Cruz Alta chamou a atenção dos políticos do município. O vereador Gustavo Bilibio (MDB) propôs a formação de uma Comissão Especial para abordar o problema. A primeira reunião dessa comissão ocorreu no dia 9 de maio.
O jornalista Fernando Kopper destacou a urgência de medidas efetivas para resolver o problema, apresentando um balanço dos incidentes envolvendo equinos nos últimos anos. Em janeiro de 2022, um grave acidente na BR-158 resultou em um condutor preso às ferragens após colidir com um cavalo. Em janeiro de 2023, outro acidente na ERS-342 levou à morte de um cavalo e ao sacrifício de uma égua prenha devido aos ferimentos graves.
Recentemente, em 19 de fevereiro de 2024, imagens compartilhadas por internautas mostraram um cavalo visivelmente debilitado, com machucados e se alimentando de restos de alimentos em um contêiner na Rua Josino Lima, na Vila Rocha. A situação gerou indignação entre os moradores, que questionaram a responsabilidade sobre o bem-estar do animal. Um morador relatou ter fornecido água e medicado os cortes do cavalo, mas questionou: "O cavalo tomou dois baldes de água e estava comendo lixo. Coloquei spray com medicação nos cortes do animal para não sentar moscas, mas ele é de quem? Faz dias que anda por aqui."
Esses incidentes destacam a gravidade do problema e a necessidade de ações imediatas para resolver a questão dos cavalos soltos em Cruz Alta. Apesar das leis federais que proíbem o abandono de animais e preveem punições severas, como a Lei Federal 14.064/20, cavalos abandonados continuam sendo uma cena comum em muitas cidades brasileiras, incluindo Cruz Alta.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fotos: Repórter Fábio Marangon