Na manhã desta segunda-feira, 20/05, 25 animais chegaram a Brasília após quase 30 horas de viagem, prontos para serem adotados por novos tutores. A iniciativa, liderada por voluntários independentes da causa animal, visava resgatar animais encontrados nas áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Todos esses animais partiram de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
"A maioria desses cachorrinhos tem características de serem de rua. Eles também tinham perfil que podia dificultar uma adoção futura: eram mais velhos, viviam acorrentados, estavam já debilitados", explica a voluntária Ana Paula de Vasconcelos, responsável pelos resgates e encaminhamento dos animais para adoção.
Antes da viagem, uma condição fundamental era que a adoção já estivesse formalizada. Portanto, as famílias interessadas precisaram fazer um cadastro prévio e comparecer ao estacionamento da Torre de TV, na área central de Brasília, para buscar seus novos pets. O advogado Luiz Gustavo Pereira da Cunha adotou a Salva, uma cachorrinha cheia de carisma.
"A gente vê o sofrimento dos animais e quer ajudar. Claro que doar é importante, a gente doa, ajuda como pode. Mas dar um lar para Salva é mais um pouquinho do que posso fazer diante dessa tragédia", disse Luiz Gustavo, que já tem outros três cachorrinhos.
Mais animais serão trazidos pelo grupo. Na noite desta segunda-feira, 12 filhotes estão programados para embarcar em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), com o mesmo objetivo: começar uma nova vida em Brasília.
Antes de serem encaminhados para suas novas famílias, os animais passaram por um check-up completo. Foram vacinados e submetidos a exames de sangue para testar possíveis doenças.
"Graças ao trabalho dos voluntários lá no Rio Grande do Sul, esses cães já chegaram aqui com vacina múltipla, tomaram remédio para pulga e carrapato, e fizeram exames para leishmaniose, cinomose e parvovirose. Aqui estamos fazendo avaliação física para dermatite, otite e pneumonia, porque são animais que ficaram muito tempo na água", explica Carolina Ferrari, veterinária voluntária.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: O Sul