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Pequenas agroindústrias gaúchas iniciam comercialização nacional de produtos de origem animal
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Publicado em 20/05/2024

Pequenas agroindústrias do Rio Grande do Sul começaram a comercializar seus produtos com outros estados brasileiros, graças a uma medida emergencial que permite a venda de produtos de origem animal com inspeção municipal e estadual em todo o país. Oficializada em uma portaria publicada em edição extra na quarta-feira (15), a medida terá duração de 90 dias.

Na sexta-feira (17), um caminhão que trouxe doações de Minas Gerais para o Rio Grande do Sul já retornou carregado com nove toneladas de queijo produzido por cerca de 50 pequenas agroindústrias gaúchas. Esta ação visa apoiar a sobrevivência dessas agroindústrias, que enfrentam dificuldades devido à calamidade pública causada pelas enchentes no estado e que não fazem parte do Sisbi (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal).

O governo gaúcho, através da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), já havia publicado uma instrução normativa permitindo a comercialização intermunicipal de produtos de origem animal provenientes de agroindústrias. Agora, com a nova portaria, esses produtos podem ser comercializados em todo o território nacional.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, ressaltou a necessidade de "precarizar" temporariamente o sistema de inspeção, destacando que essa excepcionalidade é restrita ao caso do Rio Grande do Sul. Danilo Gomes, diretor técnico da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), uma das entidades que solicitou a medida, afirmou que proteger e fomentar a produção agroalimentar artesanal é essencial para a preservação do patrimônio, cultura, identidade e soberania alimentar do estado.

A Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (SFA-RS) será responsável por emitir a autorização de trânsito para os produtos. A portaria também estabelece que as agroindústrias não devem ter sido atingidas pelas enchentes de modo a comprometer a segurança dos produtos.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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