Os motoristas que costumam reduzir a velocidade apenas ao se aproximarem de radares para evitar multas estão prestes a enfrentar um novo desafio. Uma nova tecnologia chamada Doppler está sendo implementada para detectar infrações de velocidade, mesmo a uma certa distância dos radares tradicionais, tornando obsoleta a prática de frear em cima da hora.
O sistema Doppler funciona analisando as ondas eletromagnéticas refletidas pelos veículos, detectando mudanças de frequência que permitem medir a velocidade e outros parâmetros. Essa tecnologia avançada possibilita a identificação de motoristas em excesso de velocidade até 100 metros antes ou depois do radar.
“A principal diferença entre os radares convencionais e os doppler é que estes últimos não necessitam da instalação de laços físicos no asfalto,” explicou a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). “Os radares doppler não exigem a destruição do solo para sua instalação, o que é uma grande vantagem e torna o processo menos invasivo.”
Além da vantagem de não ser intrusiva, essa tecnologia é capaz de identificar diversas outras infrações, como uso de celular ao volante, avanço de sinal vermelho, direção na contramão, conversão proibida e estacionamento sobre faixa de pedestres.
Em São Paulo, a implementação dos radares Doppler já está em andamento, com sete dispositivos em operação e a conclusão do projeto prevista para o início do próximo ano. Segundo a CET, além de São Paulo, essa tecnologia já está presente em 24 dos 27 estados brasileiros.
Com essa nova tecnologia, as autoridades esperam aumentar a segurança no trânsito e reduzir significativamente o número de infrações. A era dos motoristas que contornam as leis de trânsito ao frear apenas ao ver o radar pode estar chegando ao fim.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper