Em entrevista à imprensa no último sábado (11), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, destacou a necessidade de uma maior mobilização dos municípios gaúchos na busca por recursos federais para lidar com os efeitos das chuvas e enchentes que afetam o estado desde o fim de abril. Apenas 69 dos 441 municípios em situação de calamidade no Rio Grande do Sul haviam solicitado assistência até a última sexta-feira (10).
Diante desse cenário, o governo federal decidiu flexibilizar as regras para o recebimento de recursos pelos municípios afetados, por meio de uma portaria. O ministro explicou que agora basta um "simples ofício" acompanhado do decreto do governo estadual reconhecendo a calamidade para que os recursos sejam disponibilizados de forma rápida e direta.
Segundo Góes, o objetivo é garantir que os municípios recebam assistência enquanto organizam seus planos de trabalho de ajuda humanitária. Os recursos adiantados variam de acordo com o tamanho da população do município, indo de R$ 200 mil para cidades com até 50 mil habitantes, até R$ 500 mil para municípios com mais de 100 mil habitantes.
Os dados da Defesa Civil revelam a gravidade da situação: 447 municípios afetados, 79.540 pessoas em abrigos, 538.241 desalojados, 76.470 ações de salvamento de pessoas, 147 óbitos, 806 feridos e 127 desaparecidos. Mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas e enchentes no estado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper