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Desafios pós-enchentes: Roca Sales e Muçum na jornada de reconstrução
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Publicado em 10/05/2024

As recentes enchentes no Rio Grande do Sul têm gerado não apenas danos materiais, mas também desafios significativos para as comunidades afetadas. Roca Sales e Muçum se destacam como exemplos emblemáticos da necessidade urgente de reconstrução e realocação após esses eventos.

Roca Sales, especialmente afetada pelas enxurradas, enfrentou sua terceira grande enchente em apenas oito meses, destacando a urgência não apenas da reconstrução, mas também da revisão da localização da cidade.

O prefeito Amilton Fontana (MDB) afirma que reconstruir os prédios públicos e parte dos bairros residenciais no mesmo local não é mais uma opção viável. As estimativas apontam para a necessidade de realocar pelo menos 50% do município, buscando encontrar áreas seguras para novas construções, incluindo residências, instalações industriais e serviços essenciais.

Muçum enfrenta desafios semelhantes, com a necessidade de realocar no mínimo 30% das construções para locais mais seguros.

Apesar de décadas terem se passado desde a última grande enchente, em 1941, a frequência e intensidade dos eventos climáticos extremos têm desafiado a resiliência das comunidades locais. Atualmente, Roca Sales e Muçum estão imersas em um processo de reconstrução desafiador e complexo, agravado pela persistência das chuvas.

As imagens mostram ruas obstruídas, placas de trânsito improvisadas em meio aos escombros e os esforços dos moradores para remover o barro de casas inundadas.

A falta de comunicação e energia elétrica agrava a situação. Roca Sales enfrentou três dias de isolamento, enquanto Muçum ainda luta para restaurar seu fornecimento de energia.

Ambas as cidades estão localizadas no Vale do Taquari, região banhada pelo Rio Taquari. Reconhecendo a necessidade de se adaptar à natureza, o prefeito Fontana afirma: "Vamos ter que deixar o rio passar onde ele quer."

No entanto, os desafios para implementar essas mudanças são significativos, incluindo questões culturais, direitos de propriedade e logística, que precisam ser superadas para garantir uma transição suave e justa para os residentes afetados.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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