Nesta quinta-feira, 9 de maio, o Governo Federal anunciou um amplo pacote de medidas no valor de R$ 50,9 bilhões, destinado a fornecer assistência às famílias, trabalhadores rurais, empresas e municípios do Rio Grande do Sul. A iniciativa, apresentada por meio de uma Medida Provisória pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem como objetivo principal oferecer suporte econômico diante das dificuldades enfrentadas pelo estado.
As medidas abrangem diversos setores e grupos sociais. Para as famílias e trabalhadores com carteira assinada, destacam-se a antecipação do abono salarial, do Bolsa Família e do Auxílio-Gás, bem como a prioridade na restituição do Imposto de Renda. Além disso, será concedida uma extensão do Seguro-Desemprego para aqueles afetados pela calamidade.
É importante destacar que o impacto primário da Medida Provisória é de R$ 7,695 bilhões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, assegurou que tais medidas não afetarão os programas em andamento do governo e que os recursos não serão retirados de outras regiões do país.
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, enfatizou que as ações emergenciais já estão em curso, com reuniões diárias de monitoramento com todos os órgãos federais. Ele agradeceu a solidariedade da população brasileira, destacando as enormes doações que estão sendo realizadas para auxiliar o estado.
No âmbito do trabalho e emprego, além das parcelas adicionais do Seguro-Desemprego, o Ministério do Trabalho e Emprego autorizou a suspensão do recolhimento do FGTS pelos empregadores durante quatro meses. O ministro Luiz Marinho salientou que estão sendo elaboradas medidas para facilitar a retomada das empresas afetadas.
O setor bancário também está envolvido no apoio ao Rio Grande do Sul. O Banco do Brasil anunciou recursos adicionais e suspensão de ações de cobrança e negativação dos clientes. O BNDES concederá carência de 12 meses para empréstimos no estado, enquanto a Caixa Econômica Federal destinará medidas institucionais e de crédito.
Enquanto isso, segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, o estado continua a enfrentar os desafios das chuvas, com milhares de pessoas afetadas e um número significativo de desabrigados e desalojados.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper