Na manhã desta quinta-feira, 09/05, um cavalo que ficou preso em um telhado na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, finalmente foi resgatado, gerando uma onda de comoção e solidariedade nas redes sociais. O animal, carinhosamente apelidado de Caramelo, despertou a preocupação de muitos internautas durante o período em que esteve em situação de risco.
O resgate foi conduzido pelo Corpo de Bombeiros de São Paulo, com a presença de veterinários que acompanharam cada etapa da operação. Para remover o equino do local, foi necessário sedá-lo e transferi-lo para um bote, garantindo sua segurança durante todo o processo.
O veterinário da Polícia Militar, Augusto Moscardini, que participou ativamente da operação em Canoas, destacou a complexidade da missão. Avaliando o estado físico, temperamento, tempo de aprisionamento e peso do animal - estimado entre 450 e 500 quilos - os profissionais enfrentaram desafios significativos, mesmo lidando com um cavalo dócil.
"Certamente uma operação bastante complexa", afirmou Moscardini. "Mesmo que seja um animal manso, na hora de aplicar a anestesia e chegar mais pessoas ele poderia ter tido algum tipo de reação brusca que colocasse a integridade das pessoas que estão ali. Mesmo na hora de sedar esse animal tem uma movimentação pequena, e a gente observou que o espaço que estava lá era restrito."
Após permanecer por pelo menos 24 horas isolado no telhado, Caramelo ainda enfrenta riscos, alertou Moscardini. Durante o transporte, os veterinários continuaram aplicando medicação para manter o equino imóvel e estabilizado.
"Apesar de serem animais bastante rústicos e resistentes, os cavalos são bastante sensíveis à mudança de rotina e até ao decúbito prolongado, o tempo que ele passa deitado. É um animal que tem uma série de complicações se passar muito tempo deitado", acrescentou o veterinário.
Além disso, o cavalo receberá litros de soro para repor os líquidos perdidos enquanto esteve ilhado. Moscardini enfatizou que os cavalos podem enfrentar complicações se permanecerem deitados por longos períodos, sendo recomendado um tempo máximo de uma a uma hora e meia nessa posição, especialmente após cirurgias emergenciais.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fotos: Corpo de Bombeiros do RS