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Chuvas intensas no RS deixam rastro de destruição na agricultura
AGRO
Publicado em 08/05/2024

As recentes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul não só têm provocado mortes e prejuízos nas áreas urbanas, mas também têm deixado um severo rastro de destruição na agricultura do estado. Segundo Claudinei Baldissera, diretor técnico da Emater, as áreas rurais têm sofrido danos em todo o território gaúcho, com graus diferenciados dependendo dos locais afetados.

Enquanto as equipes da Emater priorizam a preservação da vida humana e animal, a contabilização dos prejuízos na agricultura enfrenta dificuldades devido à necessidade de esperar o término das chuvas para que os funcionários possam avaliar os estragos diretamente nas propriedades. Por isso, Baldissera ressalta que é prematuro estimar os danos financeiros.

No entanto, o diretor da Emater adianta que há muitos relatos de danos em estradas, pontes, e infraestrutura de produtores, além de prejuízos significativos na produção de soja e milho. Dos 6 milhões e 680 mil hectares plantados com soja nesta safra, 76% já foram colhidos, mas os 24% restantes enfrentam sérios riscos de perda devido ao excesso de umidade.

O rendimento médio da soja no estado varia entre 55 e 56 sacas por hectare, mas essa média se altera consideravelmente por região. Municípios como Ijuí, Erechim e Passo Fundo registram produtividades acima de 60 sacas por hectare, enquanto em Bagé, a média é de apenas 45,4 sacas.

Além disso, Baldissera destaca preocupações com a colheita do milho, que já atingiu 83% da área plantada, e com a produção de hortaliças, que enfrenta sérios obstáculos devido aos alagamentos e dificuldades de transporte causadas pelas chuvas intensas. A mobilidade necessária para colher e transportar as hortaliças durante períodos curtos agrava os prejuízos, especialmente em regiões onde as estradas foram severamente afetadas pelo mau tempo.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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