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Radioamadores mobilizados para fornecer comunicação em áreas afetadas por chuvas no RS
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Publicado em 06/05/2024

Os radioamadores do Rio Grande do Sul estão desempenhando um papel crucial na comunicação em áreas afetadas pelos eventos climáticos recentes que atingiram o estado. Com mais de 50 mortes, milhares de desabrigados e comunidades inteiras devastadas, a falta de conectividade emergiu como um desafio adicional para as autoridades locais.

Na sexta-feira (3), a Defesa Civil estadual relatou que clientes das operadoras TIM, Claro e Vivo em várias cidades estavam sem acesso à telefonia e internet devido às condições climáticas adversas. Para mitigar os problemas de conectividade, as três operadoras liberaram o roaming entre si, permitindo que os usuários se conectassem independentemente da operadora.

Em meio a essa crise de comunicação, os radioamadores emergiram como uma solução vital. Utilizando seus equipamentos e frequências de rádio, esses entusiastas da comunicação têm conseguido estabelecer links de comunicação em áreas onde os meios de comunicação tradicionais falharam.

No sábado (4), um grupo de radioamadores foi fundamental no resgate de pessoas afetadas pelas enchentes em Canoas, na Região Metropolitana. Alexandre Martini, morador de Porto Alegre, coordenava o grupo que respondeu a um chamado de socorro de um telhado no bairro Mathias Velho, graças a um rádio HT que um dos moradores tinha em mãos.

A frequência 146.520 em VHF, utilizada como canal de emergência pelos radioamadores, tem sido uma ferramenta essencial para coordenar os esforços de resgate e fornecer informações vitais para as autoridades locais.

João Carlos Vieira, também conhecido como PY2GTA, destaca a importância dos radioamadores em situações de crise. Com uma rede de mais de 40 mil radioamadores no Brasil, a capacidade desses entusiastas em restabelecer a comunicação em momentos de desastre é inestimável.

Diante da crescente necessidade de comunicação em áreas afetadas pelas chuvas, o Laboratório de Vulnerabilidades, Riscos e Sociedade (LaVuRS) da Universidade Feevale iniciou um mapeamento dos radioamadores nos municípios mais atingidos. A iniciativa visa fortalecer uma rede de comunicação entre os radioamadores, os afetados pelas enchentes e as autoridades locais, garantindo que a comunicação permaneça uma prioridade mesmo nas circunstâncias mais desafiadoras.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte: GZH

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