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Explorando a magia irlandesa: Uma jornada de descobertas pelos olhos de Cruz-altenses
22/02/2024 10:25 em CULTURA

 

 

 

Quando a pergunta é sobre a melhor época para viajar, muitos argumentam que não há um momento específico, mas sim a vontade de desbravar lugares encantadores. Em um planeta repleto de maravilhas, a Terra oferece uma infinidade de destinos magníficos, basta ter a disposição para explorá-los.

Nesse vasto cenário de possibilidades, João Antônio Ramos de Oliveira e Maria Theresa Soares Schettert de Oliveira, dois moradores de Cruz Alta, decidiram embarcar em uma jornada repleta de significado, explorando as riquezas culturais e a diversidade da Irlanda, um país de origem nórdica. A motivação por trás dessa aventura singular foi a visita ao filho do casal, um estudante universitário que escolheu a Irlanda como lar temporário.

A trajetória dessa viagem inspiradora teve início no dia 21 de dezembro de 2023, quando o casal partiu do Brasil em direção à Irlanda, com o retorno programado para o dia 25 de janeiro de 2024. O destino escolhido foi Dublin, a capital da República da Irlanda, localizada na costa leste, na foz do Rio Liffey, adornada por prédios históricos, como o Castelo de Dublin do século 13 e a majestosa Catedral de St Patrick.

Em uma conversa repleta de histórias e rica em observações positivas, João e Maria compartilharam detalhes dessa experiência única. "Iniciamos nossa viagem no dia 21 de dezembro, chegando propriamente em Dublin no dia 24 de dezembro. Chegando lá, nosso filho nos buscou no aeroporto, e enquanto explorávamos as paisagens locais, enfrentamos um frio de quase 5 graus abaixo de zero", relata João.

O choque cultural não se limitou apenas ao clima. Maria destaca a diferença marcante nos hábitos relacionados ao horário de anoitecer: "Em Cruz Alta, o anoitecer ocorre por volta das 20h30. Lá em Dublin, é engraçado e diferente ao mesmo tempo, pois escurece muito cedo, por volta das 16 horas. No entanto, mesmo com o frio intenso e a escuridão, a alegria dos irlandeses nas ruas é contagiante."

A culinária local, um reflexo da identidade irlandesa, também despertou a curiosidade e o paladar do casal. João compartilha suas impressões: "Embora haja muitos brasileiros morando lá, a culinária é muito diferente da nossa. Eles consomem mais legumes e batatas, além de temperos únicos. Os pratos são deliciosos, refletindo uma cultura rica em todos os aspectos."

Maria adiciona suas observações sobre a personalidade acolhedora dos irlandeses: "Uma coisa que me chamou a atenção é o fato deles falarem baixo, mesmo em grandes grupos. Os irlandeses são prestativos, solidários e demonstram uma preocupação genuína. Os locais são limpos e organizados, e a simpatia do povo é notável."

João também destaca a diferença na condução no trânsito: "É nítida a educação dos motoristas. Eles dirigem do lado esquerdo da pista, o que para nós foi uma experiência incrível. Os motoristas são respeitosos, e o trânsito é organizado."

A viagem, realizada em dezembro, coincidiu com a celebração do Natal, proporcionando aos cruz-altenses uma visão única dessa festividade em solo irlandês. João fala sobre os gostos dos irlandeses: "A culinária deles é muito diferente da nossa. Embora existam muitos brasileiros morando lá, inclusive com restaurantes brasileiros, a culinária local é muito diferente da nossa. Não é comum encontrar alimentos tipicamente brasileiros, como arroz e feijão. Eles consomem mais legumes e batatas, além do tempero diferente. De qualquer forma, os pratos são muito deliciosos, representando uma cultura rica em todos os aspectos."

Maria destaca a peculiaridade da socialização entre os irlandeses, mesmo em condições adversas: "Em Cruz Alta, temos o anoitecer por volta das 20h30. Lá em Dublin é muito engraçado e diferente ao mesmo tempo, pois anoitece muito cedo, por volta das 16 horas. No entanto, mesmo com muito frio e total escuridão, chama muito a atenção a alegria dos irlandeses. Mesmo com frio e escuridão, o povo está nas ruas, praticando esporte, conversando e confraternizando nos pubs locais. É tudo muito lindo; a alegria deles é contagiante."

João complementa falando sobre a hospitalidade e solidariedade dos irlandeses: "Por exemplo, você está no metrô, e devido a um solavanco, você se desequilibra. Na hora, já vem alguém e pergunta se você está bem, se precisa de ajuda. Os irlandeses são extremamente prestativos e simpáticos aos imigrantes."

Para esses dois cruz-altenses, a viagem à Irlanda transcendeu a categoria de simples turismo. Foi a realização de um sonho, mais do que uma viagem, uma jornada inspiradora, onde ambos puderam mergulhar em uma cultura rica e antiga, experimentar uma culinária única e sentir a hospitalidade de um povo que acolhe os imigrantes em busca de novas oportunidades. A Irlanda, para João e Maria, não foi apenas um destino, mas sim um capítulo marcante em suas vidas, repleto de aprendizado, descobertas e lembranças que perdurarão para sempre.

Com informações: Fernando Kopper

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