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Teto do rotativo do cartão de crédito prevê reduzir endividamento, mas juros continuam altos
Publicado em 05/01/2024 11:43
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Em vigor desde quarta-feira (3), o novo limite dos juros do rotativo do cartão de crédito é um importante passo para reduzir o endividamento no país, dizem especialistas. Eles alertam, no entanto, que a medida vale apenas para novos financiamentos e, mesmo com a redução, os juros continuam altos, e os consumidores devem tomar cuidado para não se endividarem ainda mais.

Quando o consumidor não paga o valor total da fatura do cartão de crédito até o vencimento, automaticamente entra no crédito rotativo. Ou seja, contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar. O problema é que a taxa do rotativo está entre as mais altas do mercado.

Segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), em outubro juros do rotativo do cartão de crédito estavam, em média, em 431,6% ao ano. Isso significa que uma pessoa que entre no rotativo em R$ 100 e não quita o débito, deve o equivalente a R$ 531,60 após 12 meses.

Agora, essa taxa de juros no rotativo terá um teto de 100%. Quem deixa de pagar uma fatura de R$ 100, por exemplo, pode ter que pagar, no máximo, o equivalente a R$ 200 após 12 meses. Conforme o professor de Direito do Consumidor do Curso de Direito da UPF, Dr. Rogério Silva, essa é a primeira vez que o governo limita o juros rotativo do cartão de crédito.

O professor explica que essa alteração virá na fatura do cartão, deixando mais transparente a dívida do consumidor com os bancos. Silva ressalta que é muito importante que o consumidor confira a sua fatura e veja se a divida e os juros estão sendo cobrados corretamente. Além disso, essa medida só vale para faturas vencidas a partir de janeiro e não para contas antigas, por isso as pessoas precisam ficar atentas.

Mateus Pirolli

Crédito produção/Internet

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