A Receita Federal divulgou que mais de 1,3 milhão de contribuintes tiveram suas declarações do Imposto de Renda retidas na malha fina este ano. Esse número representa 3,1% do total de 43.481.995 declarações enviadas entre março e setembro de 2023.
Dentre as declarações retidas, 69,9% têm imposto a restituir, totalizando 954.814 casos. Por outro lado, 28,2% enfrentam imposto a pagar, somando 386.102 declarações, enquanto 1,9% possuem saldo zero, ou seja, nem a pagar, nem a restituir, com um total de 25.962 registros.
A principal razão para a retenção das declarações foi relacionada a problemas de dedução, representando 58,1% dos casos. Especificamente, erros ou omissões em gastos médicos contribuíram com 42,3% das retenções. A Receita Federal também identificou outros tipos de despesas com questões de dedução, como contribuições para a previdência oficial ou privada, e pagamento de pensão alimentícia.
Em segundo lugar, com 28,6% das retenções, está a omissão de rendimentos, que inclui salários, ações judiciais e rendimentos de aluguel.
Divergências entre os valores de Imposto de Renda retidos na fonte e os declarados pela pessoa física, juntamente com outros elementos relacionados à declaração, compreenderam 10% das retenções. Outros 4,3% foram ocasionados por deduções do imposto devido, recebimento de rendimentos acumulados e divergências em informações sobre pagamento de carnê-leão ou imposto complementar.
A Receita Federal iniciou o envio de 400 mil correspondências nesta semana para os contribuintes com declarações retidas na malha fina. O objetivo é alertar sobre a possibilidade de correção em caso de erro na declaração. Recomenda-se que os contribuintes verifiquem o extrato no Centro de Atendimento Virtual (e-CAC) da Receita Federal e, se necessário, efetuem a retificação. Caso o contribuinte seja intimado ou notificado, a retificação não será mais possível, sendo então necessário apresentar os comprovantes e documentos de forma virtual.
Fonte: Agência Brasil