Nesta noite de quarta-feira (30), os brasileiros terão a oportunidade de contemplar uma rara e deslumbrante Superlua Azul. Apesar do nome sugerir uma tonalidade diferente, a lua não sofrerá alteração na sua cor. O termo “Superlua Azul” é utilizado quando ocorre a segunda Lua cheia em um mesmo mês.

De acordo com informações da NASA, a origem do termo remonta ao século XVI, sendo chamada de “Lua Azul” a terceira Lua cheia dentro de uma mesma estação que contenha quatro Luas. Esta será a segunda e última superlua do ano.

O Observatório Nacional informa que o horário exato em que a Lua atingirá seu brilho máximo variará conforme o fuso horário, ocorrendo às 22h35 no horário de Brasília.

Embora o termo “superlua” não seja uma definição astronômica oficial, ele é utilizado para descrever o perigeu, período no qual o astro está mais próximo da Terra, aparentando ser maior e mais brilhante.

O perigeu acontece quando a distância entre a Lua e a Terra fica menor que 360.000 km. Nesse momento, a Lua pode parecer 14% maior e 30% mais brilhante em relação ao apogeu (microlua), quando ela está mais distante.

Segundo Josina Nascimento, astrônoma do Observatório Nacional, um ótimo momento para observar a superlua é quando ela estiver próxima ao horizonte, logo após o pôr do sol ou na madrugada seguinte, antes do nascer do Sol. Nessa posição, a Lua pode parecer ainda maior e exibir diferentes tonalidades devido às partículas na atmosfera.

“Um evento como a superlua atrai a atenção das pessoas para o céu, ajudando a divulgar e popularizar a ciência. Além disso, esse evento pode ser observado por muitas horas durante toda a noite, de qualquer lugar do mundo e por qualquer pessoa, já que é visível a olho nu, sem a necessidade de equipamentos”, afirma Josina.

Condições de observação variam de acordo com a localização e clima. Algumas cidades favoráveis para observar o fenômeno com céu limpo são Porto Alegre. Já em cidades com céu parcialmente nublado, como Campinas, Salvador e Recife, a observação pode ser ligeiramente desfavorável. Em cidades nubladas ou chuvosas, como Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro, a observação será desfavorável.

Além da Superlua Azul, o segundo semestre deste ano reserva outros eventos astronômicos, como eclipses e chuvas de meteoros. Datas e detalhes desses fenômenos também foram divulgados.

PorFERNANDO KOPPER

Fonte: G1