Offline
Polícia Civil de Soledade desarticula complexa organização criminosa na Operação Monopólio ll
17/08/2023 10:09 em POLÍCIA

Na manhã desta quinta-feira, 17/08, sob a coordenação da Delegada Regional Fabiane Bittencourt, a Polícia Civil da Delegacia Regional de Soledade, com o apoio das delegacias da 5ª DPRI – Cruz Alta, 6ª DPRI – Passo Fundo, 16ª DPRI – Santa Cruz, 26ª DPRI – Ijuí, 28ª DPRI – Carazinho, Brigada Militar e Corpo de Bombeiros, realizou a segunda etapa da Operação Monopólio ll. A ação, que contou com um efetivo de 145 Policiais Civis, 80 Policiais Militares e 2 Bombeiros Militares, se desenrolou nas cidades de Soledade, Arvorezinha, Fontoura Xavier e Lagoão.

As investigações em torno dessa operação se estenderam por mais de dois anos, tendo sido iniciadas após a deflagração da primeira fase da Operação Monopólio, em 2021. O objetivo central dessa operação é confrontar e neutralizar uma organização criminosa que opera na região de Soledade, empregando tráfico de drogas e lavagem de dinheiro como principais atividades.

O modus operandi adotado por essa facção é notavelmente elaborado e intrincado. A lavagem de dinheiro acontecia por meio de uma série de práticas criminosas, englobando a utilização de contas de “laranjas” para movimentar e transferir grandes quantias financeiras, envolvimento de terceiros que guardavam dinheiro em espécie, o uso de empresas fictícias e “de fachada”, bem como a realização de compras reais e simuladas de bens, tanto móveis quanto imóveis.

Entre as empresas fraudulentas, uma variedade de setores estava envolvida, incluindo revenda de veículos, barbearias, mercados e boates. Além disso, foram identificadas diversas empresas que apenas existiam no papel, como locadoras de veículos, revendedores de produtos de limpeza, comércio de produtos esportivos e supermercados. De forma surpreendente, até negociações de cavalos de raça eram utilizadas nas transações para esconder patrimônio ilícito.

O método empregado pelos criminosos envolvia uma técnica conhecida como “reverse flips”, que consistia em simular valorizações ou lucros por meio da venda de bens. Imóveis eram adquiridos por preços significativamente abaixo de seus valores de mercado, muitas vezes de indivíduos ligados ao consumo de drogas, na tentativa de ocultar a origem ilegal dos recursos no suposto lucro obtido com as vendas.

O desfecho das investigações resultou na identificação de dois líderes, três operadores responsáveis pela coordenação do esquema de lavagem de dinheiro, catorze indivíduos que atuavam como “laranjas” ou em atividades correlatas e treze pessoas jurídicas vinculadas à facção criminosa. Um advogado desempenhava o papel de principal operador financeiro do esquema, representando os membros da facção em troca de pagamentos mensais. Além disso, servidores públicos também estavam envolvidos no esquema, atuando como “laranjas”.

No decorrer da operação, foram executados 32 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva, bloqueadas contas bancárias e indisponibilizados bens imóveis e veículos, cujo valor ultrapassa os 10,4 milhões de reais. A Operação Monopólio representa um passo significativo na luta contra organizações criminosas complexas que ameaçam a segurança e a ordem pública.

Com informações: Clic Espumoso

Fonte: PC/DPI/24ª DPRI SOLEDADE

COMENTÁRIOS
Comentário enviado com sucesso!