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Golpe do posto de gasolina causa prejuízo de R$ 2,6 mil a cliente no RS; saiba como se proteger
Publicado em 18/07/2023 14:24
POLÍCIA

Golpes contra motoristas na hora de abastecer continuam sendo registrados no RS. Um ano após a reportagem da RBS TV revelar a ação de frentistas que “empurram” produtos para clientes que procuram os postos de gasolina, a Polícia Civil investiga suspeita de estelionato em uma rede de postos da Região Metropolitana de Porto Alegre.

Uma cliente afirma ter sido lesada em R$ 2,6 mil com a venda de produtos extras, não pedidos por ela, após procurar o posto para abastecer R$ 50. Após relatar o caso ao posto, ela teve o dinheiro devolvido.

Titular da Delegacia do Consumidor, Carolina Jacobs, apura uma ocorrência registrada contra a rede. Ela alerta para os cuidados para não ser um alvo fácil para os golpistas.

“O importante é que sempre o consumidor procure um posto de sua confiança ou um mecânico de sua confiança para realizar esse tipo de serviço”, afirma.

 

Como agem os golpistas?

Um ex-frentista revelou à reportagem da RBS TV como colegas simulam problemas nos carros para empurrar produtos sem necessidade aos motoristas:

  • O funcionário traz uma seringa com óleo queimado no bolso do jaleco
  • Quando abre o capô, completa a água do limpador
  • Enquanto isso, sem que o motorista veja, joga o óleo sobre o motor, formando fumaça
  • O funcionário então diz “não liga mais o carro, tá pegando fogo”
  • Aí, alega que o óleo está vencido, e empurra a troca do óleo

 

Quem são os alvos preferenciais dos golpistas?

  • Pessoas idosas
  • Mulheres
  • Pessoas com carro novo

 

Prejuízo de R$ 2,6 mil

Uma cliente, que pediu para não ser identificada, havia ido até o posto abastecer R$ 50 e precisou arcar com uma conta de R$2,6 mil. A nota incluiu quatro frascos de limpa-bico injetor, a R$ 149 cada. Segundo o site do fabricante, o preço médio de venda é de R$ 23.

uso excessivo de aditivos no carro pode representar riscos ao veículo, como explica o engenheiro mecânico Jorge Luiz Silva.

“Se o produto for usado em grande quantidade, algumas peças que já estão com início de algum desgaste podem acelerar esse desgaste e causar outros problemas”, diz o profissional.

Em fevereiro, um estudante de Agronomia, que também prefere não ser identificado, foi abastecer R$ 100 de gasolina em um posto de Novo Hamburgo. Acabou com um débito de R$ 629 no cartão. Ele conta que assinou sem saber uma ordem de serviço que autorizava a despesa.

“Ele tinha me dado a nota de serviço em branco pra eu assinar, dizendo que seria pra cadastro. Coloquei nome, CPF e então me passaram a perna, me pegaram desprevenidido”, relata.

Segundo o estudante, foi utilizada uma quantidade maior do aditivo do que a capacidade do reservatório.

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