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A morte de mais uma criança amplia para 20 as perdas humanas para a dengue no Rio Grande do Sul em 2023
06/05/2023 11:19 em SAÚDE

A morte de um menino de 4 anos, residente em Lajeado (Vale do Taquari), ampliou para 20 as perdas humanas causadas pela dengue no Rio Grande do Sul em 2023. Ele sofria de comorbidade não especificada pela Secretaria Estadual da Saúde. Trata-se do segundo caso fatal da doença entre crianças gaúchas desde o final do mês passado, quando a vítima foi uma garota de 10 anos.

Na estatística geral, o primeiro óbito do ano foi registrado em 15 de março. A maioria dos falecidos é de idosos (60 anos em diante), com 12 ocorrências (60%).

Também predominam os pacientes com doenças crônicas. Essa condição representa um dos principais fatores de agravamento do quadro de saúde após a picada pelo inseto transmissor – a fêmea do mosquito Aedes aegypti.

Perfil das vítimas

– Menino de 4 anos (Lajeado).

– Menina de 10 anos (Passo Fundo).

– Homem de 23 anos (Joia).

– Mulher de 33 anos (Encantado).

– Mulher de 44 anos (Gramado).

– Homem de 49 anos (Bento Gonçalves).

– Homem de 51 anos (Não-Me-Toque).

– Homem de 59 anos (Ibirubá).

– Homem de 62 anos (Porto Alegre).

– Mulher de 65 anos (Ijuí).

– Homem de 65 anos (Lindolfo Collor).

– Mulher de 66 anos (Selbach).

– Homem de 66 anos (Morro Reuter).

– Homem de 77 anos (Ibirubá).

– Mulher de 81 anos (Jaguari).

– Mulher de 85 anos (Ibirubá).

– Mulher de 85 anos (Novo Barreiro).

– Mulher de 85 anos (Nova Alvorada).

– Homem de 99 anos (Ijuí).

– Mulher de 99 anos (Ijuí).

Casos confirmados

Desde 1º de janeiro, o Rio Grande do Sul soma 11.394 casos confirmados de dengue. Destes, a grande maioria (10.440) são autóctones, ou seja, quando o contágio ocorre dentro do Estado.

No ano passado, o Estado apresentou teve os seus maiores índices relativos à doença até então: 68 mil casos (57 mil autóctones) – desses, 66 resultaram no falecimento do paciente.

Dicas à população

Diante das manifestações dos primeiros sintomas compatíveis com a dengue, as autoridades médicas recomendam que o indivíduo procure um serviço de saúde o mais rápido possível. O objetivo é evitar o agravamento do caso e a evolução para óbito.

Como principais sintomas são listados a febre alta (39°C a 40°C) e com duração de dois a sete dias, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas avermelhadas na pele, com ou sem coceira. Também aparecem de forma frequente os relatos de dores na cabeça (inclusive atrás dos olhos) e em outras partes do corpo.

O uso de repelente é indicado para maior proteção individual contra o inseto, cuja picada da fêmea funciona como vetor. Não menos importante é revisar as áreas interna e externa da residência (casa ou apartamento) para eliminar objetos com água parada. Essas ações impedem o mosquito de nascer, cortando assim o seu ciclo de vida já na fase aquática.

(Marcello Campos)

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