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Estudante do RS que dá nome a asteroide faz faculdade com bolsa nos EUA: ‘no Brasil se faz pesquisa de qualidade, sim’
EDUCAÇÃO
Publicado em 29/09/2022

 

 

 A estudante e pesquisadora gaúcha Juliana Estradioto, de 21 anos, que ficou reconhecida por ganhar uma premiação que colocou o nome dela em um asteroide, está morando e fazendo faculdade com bolsa integral nos Estados Unidos.

Desde que teve a história da premiação contada no g1, em 2019, Juliana conta que muita coisa mudou na vida dela.

“Acho que a visibilidade que isso [a premiação] trouxe pra mim foi bem diferente, uma coisa que eu não estava acostumada antes, e também a visibilidade que isso trouxe pras universidades federais, para a ciência. Acho que isso é sempre importante a gente estar valorizando, principalmente em momentos em que a gente está tendo corte no orçamento, menos investimento em pesquisa. Isso é mostrar que no Brasil se faz pesquisa de qualidade, sim”, diz

Pessoalmente, também mostrou que ela é capaz de chegar onde sempre sonhou. Atualmente, a gaúcha de Osório, no Litoral Norte, mora na cidade de Evanston, no estado de Illinois, próxima a Chicago, e estuda na Northwestern University. Na universidade, cursa Engenharia de Materiais e Comunicação.

“Eu sou de Osório, no Litoral Norte, 45 mil habitantes. Para quem conhece o Morro da Borússia, eu achava que aquilo dali era o mais alto que eu poderia chegar. Então, acho que neste sentido me mostrou que existem muitas portas ainda para serem abertas e que a gente pode, sim, sonhar grande e sem medo”, analisa.

Apesar da mudança radical de vida nos últimos anos, Juliana conta que os interesses seguem os mesmos.

“Um pouco de estar envolvida com projetos para sustentabilidade, de querer desenvolver novos materiais que sejam bons para o meio ambiente”, afirma.

No último verão, fez estágio no centro de nanotecnologia sustentável dos Estados Unidos, o que proporcionou que ela fizesse pesquisa durante três meses em uma das universidades mais reconhecidas do mundo, a Johns Hopkins.

“A gente estava tentando entender como a gente pode usar outras coisas que não sejam fertilizantes que precisam de muita água e gastam energia para continuar tendo crescimento das plantas e alimentar todo mundo. Agora eu estou em um grupo de pesquisa da minha universidade para continuar estudando materiais sustentáveis que tirem, por exemplo, metais pesados da água, para fazer o meio ambiente um lugar seguro e mais sustentável”, diz.

 Juliana Estradioto, estudante gaúcha que mora nos EUA — Foto: Arquivo pessoal

 

 
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